São Paulo – Em assembleias realizadas ontem (22), os trabalhadores da Dura Automotive, empresa de autopeças em Rio Grande da Serra, e da VMG, fábrica de estamparia em Ribeirão Pires, no ABC paulista, aprovaram por unanimidade a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). As empresas são as primeiras da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a aderir ao programa após a aprovação da Medida Provisória 680/2015, que instituiu o programa, na Câmara dos Deputados.

“O PPE é uma ferramenta importante para que os trabalhadores se sintam seguros. Tanto na Dura, quanto na VMG os trabalhadores poderão respirar aliviados por estarem empregados e ter um fim de ano mais tranquilo”, afirmou o coordenador da regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra do sindicato, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos.

O acordo fechado com a Dura prevê para os trabalhadores da produção a redução de 20% da jornada de trabalho por quatro meses, com redução de 10% dos salários. Os outros 10% serão financiados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), conforme previsto na MP. Para os trabalhadores na área administrativa, a redução será de 15% da jornada e de 7,5% dos salários. A empresa tem 350 trabalhadores. Na VMG, o acordo terá duração de seis meses, prorrogáveis por mais seis, para todos os 34 funcionários, com redução de 20% na jornada de trabalho e 10% nos salários.

O presidente do sindicato, Rafael Marques, lembrou que todas as negociações levaram em conta a realidade de cada empresa e o nível de queda registrado na produção. “Conseguimos, com o PPE, proteger os empregos para todos. A legislação criada no programa não exclui ninguém. Neste momento, preservar os postos de trabalho é contribuir para que a crise não seja prolongada”, destacou o dirigente.

Com as aprovações nessas duas empresas, já são cerca de 24,8 mil trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC incluídos no programa.