campanha salarial

Empresas do setor químico sinalizam reajuste equivalente ao INPC

Sindicatos do químicos e plásticos ligados à CUT no estado de SP farão assembleias na próxima sexta-feira (23) para avaliar negociações

Divulgação / SQSP

Assembleia realizada na porta da fábrica da Avon: na última década, categoria acumula ganho real de 19,18%

São Paulo – Os químicos realizam na próxima sexta-feira (23) assembleia para avaliar as negociações com a bancada patronal e definir os rumos da campanha salarial deste ano, com data-base em 1º de novembro. Como o setor ainda não foi abatido pela recessão e não há aumento nas demissões, os trabalhadores devem avançar nas negociações com mais força do que outras categorias que já se ressentem do corte de vagas.

Os cinco sindicatos ligados à Federação dos Químicos do Estado de São Paulo (Fetquim-CUT) – São Paulo, ABC, Campinas, Osasco e Vinhedo, Jundiaí e região e São José dos Campos – representam 180 mil trabalhadores.

A pauta de reivindicações, aprovada por unanimidade pelos trabalhadores, foi entregue aos dirigentes patronais no dia 23 de setembro. Entre as principais reivindicações estão: reajuste de 15%, piso salarial de R$ 1.700 e participação nos lucros ou resultados (PLR) mínima de R$ 1.880. O reajuste reivindicado foi calculado levando em consideração a projeção do INPC anual para novembro, cuja variação deve ficar próxima de 10%.

Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo e Região, existe uma proposta inicial, sinalizada pela bancada patronal, de oferecer o correspondente ao INPC acumulado entre novembro de 2014 a outubro deste ano. O índice oficial será anunciado no início do próximo mês. Na última década, a categoria acumula ganho real de 19,18%.

Neste ano, além das cláusulas econômicas, todas as cláusulas sociais que, são discutidas a cada dois anos, e algumas importantes bandeiras de luta – como redução da jornada para 40 horas semanais, 180 dias de licença-maternidade, cesta básica gratuita e fim da terceirização – voltam a ser negociadas. “A precarização do trabalho é um assunto que tem preocupado o sindicato. Terceirizar é precarizar, é cortar direitos. Nós estamos visitando as empresas para informar e conscientizar os trabalhadores sobre o assunto”, afirmou o coordenador-geral do sindicato, Osvaldo Bezerra, o Pipoka.

A proposta de reajuste pelo INPC também foi apresentada pela entidade patronal aos sindicatos filiados à federação da Força Sindical (Fequimfar), que representa cerca de 130 mil tralhadores.