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Metalúrgicos marcam manifestação contra efeitos de medida do Contran

Categoria se manifesta nesta terça (27) contra a decisão do órgão de retirar a obrigatoriedade dos extintores de incêndio nos automóveis. Empresa em Diadema anunciou demissão de 350 funcionários

ebc/memória

Resil, em Diadema, anunciou a demissão de 350 trabalhadores por falta de demanda

São Paulo – Após anúncio de demissões em fábricas de extintores de incêndios, os metalúrgicos do ABC marcaram para amanhã (27), a partir das 7h, manifestação contra a determinação da não obrigatoriedade do uso dos equipamentos em carros em todo o país, em frente à fábrica da Resil, em Diadema. “É preciso debater o tema com o governo, empresas e o movimento sindical”, defende o coordenador da regional Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, David Carvalho.

A resolução partiu do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em setembro, e foi alvo de críticas, como explica Carvalho. “Meses antes de acabar com a obrigatoriedade, o próprio órgão anunciou que os proprietários deveriam trocar seus equipamentos”, recorda. O anúncio anterior à queda da imposição provocou aumento de demanda nas fábricas.

Agora, com a decisão oposta do Contran, a empresa Resil, de Diadema, anunciou a demissão de 350 trabalhadores. “As empresas investiram para dar conta do aumento de demanda. Ela (a Resil) contratou trabalhadores e ampliou sua estrutura. Agora vem essa decisão que surpreende a todos. Não pode ser assim”, critica o sindicalista.

O produto principal da Resil são justamente os extintores de incêndio para automóveis. A empresa alega que já não vem recebendo novos pedidos, e que os cortes são necessários. De acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Equipamentos Contra Incêndios (Abiex), a medida do Contran pode significar cerca de 10 mil postos de trabalho a menos no país.

“Por trás de uma decisão burocrática, existem empregos em jogo”, reforça Carvalho.

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