Sindicatos se unem para pedir investimento, projeto nacional e respeito à democracia
Entidades falem em tentativas de desestabilização, que estariam sendo usadas 'para a aplicação de uma política econômica recessiva e orientada ao retrocesso político-institucional'
Publicado 14/08/2015 - 14h55
São Paulo – Sindicatos de diversas categorias e ligados a centrais distintas divulgaram um manifesto em que pedem retomada do investimento e da atividade produtiva, lembrando que desafios como esses exigem “claro posicionamento em defesa da democracia” e da estabilidade institucional. Além de afirmar que esses fatores são necessários para uma “rápida e sustentada” transição para o crescimento econômico, as entidades fazem um apelo de mudanças na política: “É necessário desmontar o cenário político em que prevalecem os intentos desestabilizadores, que têm sido utilizados como o condão para a aplicação de uma política econômica recessiva e orientada ao retrocesso político-institucional”.
Para os sindicatos, qualquer projeto de desenvolvimento nacional deve ter como base o “fortalecimento das instituições e da democracia, sem descuidar do combate à corrupção”. Também deve considerar a “superação das graves desigualdades econômicas, sociais e regionais”, promovendo medidas como combate à inflação, queda de juros, aumento do investimento (público e privado) em infraestrutura, defesa do emprego, política cambial voltada para a atividade produtiva, educação de qualidade, consolidação do mercado interna, e modernização “das instituições, das leis e do Estado”.
“O momento exige diálogo, compromisso com o país, com a democracia e com a necessária afirmação de um projeto de desenvolvimento nacional ancorado na produção, em uma indústria forte, um setor de serviços dinâmico, um comércio vigoroso, uma agricultura pujante e em um Estado indutor e coordenador das estratégias de crescimento econômico e de desenvolvimento social”, afirmam as entidades. Elas se declaram dispostas a, juntamente com outros setores da sociedade, “restabelecer as pontes para o necessário diálogo visando a construção de compromissos e acordos para fortalecer a democracia, o crescimento econômico e o desenvolvimento nacional”.
O texto é assinado pelas seguintes entidades:
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes – Miguel Eduardo Torres, presidente
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – Rafael Marques, presidente
Sindicato dos Comerciários de São Paulo – Ricardo Patah, presidente
Sindicato dos Empregados em Hotéis de São Paulo – Francisco Calasans Lacerda, presidente
Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo – Rene Vicente dos Santos, presidente
Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo – Antonio Neto, presidente
Sindicato dos Bancários de São Paulo – Juvandia Moreira Leite, presidenta
Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo – Antonio de Sousa Ramalho, presidente
Federação dos Empregados do Comércio do Estado de São Paulo – Luiz Carlos Motta, presidente
Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo – Osvaldo da Silva Bezerra, coordenador-geral
Sindicato dos Telefônicos de São Paulo – Almir Munhoz, presidente
Sindicato dos Empregados em Edifícios de São Paulo – Paulo Ferrari, presidente