proteção ao emprego

No ABC, trabalhadores da primeira fábrica a aderir ao PPE comemoram estabilidade

Ambiente entre os funcionários é mais tranquilo depois que a Rassini fechou acordo que assegura os empregos até janeiro do ano que vem

reprodução/TVT

Com redução da jornada, trabalhadores da autopeças Rassini tem emprego assegurado até janeiro de 2016

São Paulo – Na Rassini, fábrica de autopeças de São Bernardo do Campo, na região do ABC, que aderiu ao Plano de Proteção ao Emprego (PPE) na última quarta-feira (5), trabalhadores agora se sentem mais tranquilos ao terem garantidos a manutenção dos seus postos de trabalho, pelo menos até 31 de janeiro, período em que vigora o acordo.

Pedro Pereira, operador de máquinas da Rassini, e a esposa Francisca se preparavam para o pior, com medo do desemprego bater na porta. O casal relata que estavam reduzindo todos os gastos “possíveis e imagináveis”.

“Somos funcionários. Hoje a gente está na empresa, amanhã pode não estar. Então a gente tinha que cortar, para não sermos pegos de surpresa”, diz Pedro.

Desde janeiro, a fábrica teve queda de 50% na produção, chegou a dar duas férias coletivas aos funcionários nos últimos seis meses e, se não houvesse o PPE, começaria demitir. Mas o temor foi embora após a empresa aderir ao programa.

Elder de Andrade, também operador de máquinas, conta que ninguém estava trabalhando sossegado. “Só fica aquele zunzunzum, vai demitir, não vai demitir? (…) Agora já deu um pouco mais de paz e tranquilidade para os trabalhadores, que sabe que, pelo programa que a gente se enquadrou, que até o dia 31 de janeiro de 2016, estamos com o emprego garantido.”

Para as empresas que comprovarem queda de produtividade, o PPE prevê acordos com redução de até 30% na jornada de trabalho e nos salários, durante doze meses. Nesse período o governo federal complementa metade da perda salarial com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Na Rassini, o acordo prevê redução de 15% na jornada e no salário, por quatro meses.

“Com essa solução, do PPE, deu uma tranquilidade. Pelo menos, a gente vai passar o final do ano tendo a certeza de que vai estar empregado. Vai ter como comprar o peru”, brinca Elder. Perguntado se a redução de salário incomoda, ele afirma incomodar bastante, “mas é como diz o ditado: ‘é melhor pingar do que secar'”

O operador de empilhadeira Fernando de Lima, casado, pai de um menino de quatro anos, agora respira aliviado e comemora a adesão da empresa ao PPE, mas cobra soluções para quando o acordo expirar. “Esperamos que, depois de acabar o programa, a gente continue com o emprego garantido.”

Confira a reportagem completa de Vanessa Nakasato, para o Seu Jornal, da TVT:

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