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Com impasse, metalúrgicos e Mercedes se reunirão no fim de semana

Tentativa é de conseguir um acordo que evite 1.500 demissões na fábrica de São Bernardo do Campo, programadas para terça-feira (1º)

São Paulo – Seis horas de reunião ontem e três hoje (28) não foram suficientes para que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Mercedes-Benz chegassem a um acordo para impedir as demissões de 1.500 trabalhadores na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, programadas para a próxima terça-feira (1º).

O número corresponde a aproximadamente 15% do efetivo da unidade. Em protesto contra o anúncio dos cortes, comunicados por telegrama, os metalúrgicos estão em greve há cinco dias. De acordo com o sindicato, haverá nova negociação neste fim de semana, em horário não definido.

A Mercedes quer que os metalúrgicos voltem a discutir uma proposta já recusada em assembleia, que inclui redução salarial, corte pela metade do reajuste previsto para 2016 e congelamento de promoções.

O sindicato propôs adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que prevê redução proporcional da jornada e dos salários, com complementação parcial da renda pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), mas a empresa considerou a medida insuficiente.

Inaugurada em 1956, a fábrica de São Bernardo é a maior do grupo fora da Alemanha. Produz caminhões, chassis para ônibus e motores, entre outros itens.

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