São Paulo – Assembleia realizada na manhã de hoje (11) com os aproximadamente 5 mil trabalhadores na General Motors em São José dos Campos decidiu pela continuidade da greve unidade do interior paulista. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos Roberto Rosa de Oliveira, o Baiano, classifica a ação da empresa como “uma covardia”. “Ela não divulgou o número de demitidos, alguns companheiros foram até demitidos através do whatsapp”, contou, referindo-se ao aplicativo de comunicação direta criado para funcionar em celulares e tablets.

Oliveira diz que a GM abordou alguns funcionários para tentar que o resultado da assembleia fosse o fim do movimento paradista. “A maioria votou a favor da greve. Então, diante da situação, a empresa ficou numa situação difícil, porque não conseguiram dividir os trabalhadores.”

Segundo o sindicato, cerca de 800 funcionários foram demitidos. “Foi uma surpresa pra nós. Na véspera do Dia dos Pais eles darem esse ‘presente’ para os trabalhadores. Nós tínhamos um canal de negociação com a GM, a empresa usou o lay-off, as férias coletivas, e ainda agiu assim com os trabalhadores.”

Oliveira afirmou ainda que o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, está tentando manter conversas com os governos estadual e federal. Segundo ele, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ligou para o representante sindical para saber como está a situação e prestar apoio ao movimento.

O movimento sindical aguarda a abertura das negociações pela GM. “Nós sempre demos soluções para a empresa em diversos casos, como fizemos em 2008, 2012 e 2013. Sempre há uma alternativa para reverter a situação.”

Ouça a entrevista completa na Rádio Brasil Atual.