São Paulo – Os resultados trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados hoje (7), além de mostrar enfraquecimento do mercado de trabalho neste início de 2015, aponta, entre outros dados, crescimento do emprego doméstico, acompanhado de formalização. Enquanto o total de trabalhadores no setor privado diminuiu em 740 mil em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o número de pessoas no trabalho doméstico teve ligeiro aumento (90 mil a mais). Nesse universo, os trabalhadores com carteira passaram de 31,5% do total para 32,3%.

Os empregados em serviços domésticos representam 6,5%, ou 6,019 milhões, dos mais de 92 milhões de ocupados no país ao fim do primeiro trimestre, segundo a Pnad Contínua. A formalização, apesar de avançar, fica muito aquém do número geral: dos quase 47 milhões de trabalhadores no setor privado, 78,2% têm carteira assinada, crescimento de meio ponto percentual na comparação com igual período de 2014.

A formalização no emprego doméstico, que é de 32,3% na média, varia bastante conforme a região. No Maranhão, por exemplo, fica em apenas 10,3%. O Distrito Federal é o único caso em que o emprego com carteira supera a metade (53,2%). Em estados do Sul-Sudeste, fica entre 30% e 40%, chegando a 41,9% no Espírito Santo, 40,6% no Rio de Janeiro, 39,5% no Rio Grande do Sul e 39,2% em São Paulo.

A taxa média de desemprego cresceu e foi a 7,9% no primeiro trimestre, ante 7,2% em igual período do ano passado. Sobe para 9,6% entre as mulheres e cai para 6,6% entre os homens. Entre pessoas com ensino médio incompleto, atinge 14%. Para que tem nível superior completo, fica em 4,6%.

O rendimento médio dos ocupados é de R$ 1.789,43 nos primeiros três meses do ano. Entre trabalhadores domésticos, a média cai para R$ 728,59.