Riscos da terceirização

Após terceirizada pela Fundação Casa falir, segurança é feita por concursados

Em pelo menos 40 unidades, funcionários estão trabalhando em regime de hora extra. De acordo com a instituição, o serviço não foi comprometido

A Fundação Casa já abriu licitação para contratar uma nova empresa

São Paulo – Em pelo menos 40 unidades da Fundação Casa a segurança está sendo feita por agentes concursados, já que a empresa contratada pela instituição para oferecer o serviço faliu e não pagou os funcionários terceirizados, como informou o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo (Sintraemfa).

O site da empresa, chamada Aviseg Segurança e Vigilância, foi bloqueado e a RBA não conseguiu ser atendida nos telefones indicados, mesmo depois de diversas tentativas. Em nota, a Fundação Casa informou que está totalmente em dia com o pagamento do contrato com a empresa. “O repasse dos salários aos vigilantes é de responsabilidade da empresa terceirizada”, diz o texto.

Sem os terceirizados, a segurança das unidades está sendo feita pelos funcionários concursados, em regime de horas extras. De acordo com o sindicato, os trabalhadores que aceitaram cumprir a função deixaram de trabalhar na jornada tradicional, em que cumprem dois dias de expediente e folgam dois. Com a urgência, passaram a trabalhar sete dias e folgar um. Eles deverão ser remunerados pela jornada extra.

A Fundação casa informou que já abriu processo de licitação para contratar uma nova empresa para prestar o serviço. “Vale a pena ressaltar que a segurança dos centros não está sendo comprometida, sendo respeitados todos os procedimentos de segurança que garantem o cumprimento da medida socioeducativa e as visitas durante o final de semana.”

Os nomes das unidades que eram atendidas pela empresa e sua localização não serão divulgados, por questões de segurança.

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