Ensino público

Assembleia dos professores da rede estadual paulista decide manter greve

Sem propostas, categoria decide manter paralisação, iniciada em 13 de março. CUT assina ofício da Apeoesp enviado ao governador tucano

Cris Faga/Fox Photo/Folhapress

Sem propostas, professores em assembleia decidem pela continuidade da greve, iniciada em 13 de março

São Paulo – Em assembleia realizada na tarde de hoje (2), os professores da rede estadual paulista decidiram manter a greve, que vai para o 23° dia. Na última segunda-feira, durante reunião com a direção da Apeoesp (sindicato da categoria), o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, não apresentou nenhuma proposta salarial e nem para os demais pontos da pauta de reivindicações da categoria. Desde então, o governo não voltou a dialogar com os professores.

De acordo com a Apeoesp, é necessário reajuste de 75,33% para que haja equiparação com a média dos salários de trabalhadores com formação em nível superior, como os professores. Ainda segundo o sindicato, o secretário afirmou que só a partir deste mês, após estudos do orçamento e do comportamento da arrecadação no estado, será possível voltar a discutir o assunto.

Ontem, os presidentes nacional e estadual da CUT, Vagner Freitas e Adi dos Santos Lima, e da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, protocolaram ofício no Palácio dos Bandeirantes. Eles solicitam ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma audiência para debate a greve dos professores e consolidar um processo de negociação.

Até o momento, não houve resposta por parte do governo tucano.

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Em assembleia, professor ironiza o valor do vale refeição, de R$ 4

O movimento é por valorização da carreira, pelo fim da precarização, que deixa sem contrato mais de 20 mil professores, e contra o fechamento de 3.400 salas de aula, que superlota as turmas remanescentes. Há escolas com até 60 alunos por classe.

A greve, que é negada pelo governador Alckmin, tem adesão de 60% dos professores, inclusive de escolas de tempo integral, e conta com apoio de outras categorias, como os docentes e trabalhadores da USP.

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