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Primeira reunião de professores com governo Alckmin será 17 dias após início da greve

Trabalhadores reivindicam aumento de 75,33% – equiparando as demais categorias com formação superior no estado – e a reabertura de 3 mil salas de aula

Rogerio Cavalheiro/Futura Press/Folhapress

Professores aprovaram a continuidade da greve por unanimidade e esperam que o movimento siga crescendo

São Paulo – Professores da rede estadual de ensino de São Paulo vão se reunir segunda-feira (30), às 11h, com o secretário da Educação, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, para debater a pauta de reivindicação da categoria. Em assembleia na tarde de hoje (27), os docentes decidiram manter a paralisação iniciada dia 13. Segundo a presidenta da Apeoesp (sindicato da categoria), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, a adesão já chegou a 75% dos trabalhadores. A próxima assembleia será na quinta-feira (2), às 14h.

Bebel disse que cerca de 60 mil professores compareceram à avenida Paulista para a assembleia de hoje. A categoria também vai manter o acampamento iniciado ontem em frente à sede da Secretaria da Educação, na praça da República, região central da capital. Segundo a presidenta, cerca de 800 trabalhadores vão permanecer no local até a reunião de segunda-feira.

“A greve está forte e vai crescer. Não vamos aceitar o fechamento de salas de aula e a precarização do trabalho dos professores”, disse a dirigente.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão o aumento de 75,33% – equiparando o salário dos professores com as demais categorias com formação de nível superior –, a implementação da jornada do piso e a contratação efetiva dos professores de categoria O (temporários). Essa categoria é obrigada a ficar sem trabalhar na rede estadual por 200 dias consecutivos, após o término de um contrato temporário.

Os professores também reclamam do fechamento de aproximadamente 3 mil salas de aula – e a consequente superlotação – e reivindicam contratação de concursados, garantia do abastecimento de água em todos os estabelecimentos, medidas de prevenção à violência e aumentos dos vales alimentação e transporte.

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