Base da CUT

Trabalhadores do setor farmacêutico em SP abrem campanha salarial

Entrega da pauta para o setor empresarial está marcada para a próxima terça-feira. Sindicalistas querem 5% de aumento real

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Trabalhadores devem iniciar a campanha com pedido de 5% de aumento real dos salários

São Paulo – Na próxima terça-feira (3), a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São Paulo (Fetquim, filiada à CUT) entregará a pauta de reivindicações do setor farmacêutico aos representantes dos empresários, marcando o início da campanha salarial. As negociações envolvem cinco sindicatos (ABC, Campinas/Osasco/Vinhedo, Jundiaí, São José dos Campos e São Paulo) e uma base de aproximadamente 60 mil trabalhadores. A data-base é 1º de abril.

As assembleias para ratificação da pauta começam na sexta-feira (27). Os sindicalistas vão reivindicar 5% de aumento real (acima da inflação). Hoje (25), representantes dos sindicatos filiados consolidaram as propostas para a campanha, definidas em seminário realizado no início do mês, em Cajamar, interior paulista. O coordenador político da Fetquim, Airton Cano, vê um cenário favorável à categoria. “O setor acumulou muitos ganhos nos últimos anos, com crescimento particular em 2014. Os trabalhadores que carregaram esses ganhos nas costas têm agora consistência para negociar.”

Outros itens que serão levados à mesa de negociação são redução da jornada, extensão da licença-maternidade para 180 dias em todas as empresas e organização no local de trabalho. Os sindicalistas também pretendem combater a terceirização. “É uma campanha de toda a CUT, que não vamos secundarizar. Há um movimento em todo o país, com cada vez mais vozes no Congresso Nacional, para flexibilizar e aumentar as contratações de empresas terceirizadas. Pedimos o fim dos terceirizados”, afirma Cano.

De acordo com levantamento feito pela federação, o faturamento da indústria farmacêutica representou 18% dos R$ 356,5 bilhões do total do setor químico brasileiro em 2014. Dados dos Sindusfarma (entidade que representa as empresas) indicam crescimento de 13,3% nas vendas, atingindo R$ 65,7 bilhões. Os sindicalistas citam ainda dados de pesquisa mensal do IBGE sobre produção industrial, apontando expansão de 5,7% no estado e 2,1% no país.

Com informações da repórter Carol Scorce


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