impasse

Aeroviários e aeronautas param nesta quinta-feira das 6h às 7h em todo o país

Categoria reivindica reajuste de 8,5%, mas o sindicato patronal propõe 6,5%. Voos poderão atrasar em até cinco horas

Agência de Notícias EFE

Em Guarulhos, trabalhadores irão se reunir a partir das 4h30 no terminal 2, em frente ao portão de embarque

São Paulo – Aeronautas e aeroviários prometem paralisações nos aeroportos de todo o país na manhã desta quinta-feira (22). Sem avanço nas negociações, das quais participam a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac-CUT) e os os sindicatos nacionais das duas categorias, os trabalhadores decidiram suspender decolagens e atendimentos das 6h às 7h.

Segundo os sindicalistas, os aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos, em São Paulo; Confins, em Belo Horizonte; Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro; Salgado Filho, no Rio Grande do Sul; Gilberto Freyre, em Pernambuco; e Juscelino Kubitschek, no Distrito Federal, terão paralisações. Em Guarulhos, os trabalhadores farão assembleia a partir das 4h30 no terminal 2, em frente ao portão de embarque.

Na sexta-feira passada (16), aeronautas (pessoal de bordo) e aeroviários (funcionários em terra) reuniram-se com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), formado por T AM, Gol, Avianca e Azul, que mantiveram a proposta de reajuste salarial de 6,5%, pouco acima da inflação – o INPC acumulado em 12 meses, até a véspera da data-base (1º de dezembro), é de 6,33%. A Fentac/CUT reivindica reajuste de 8,5% e a aplicação deste índice nos demais benefícios. Os sindicatos representam aproximadamente 70 mil trabalhadores.

O presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT), Orisson Melo, afirma que a paralisação terá reflexo nos aeroportos de todo o país, com atrasos de até cinco horas nos voos nacionais e internacionais. “No GRU Airport (Guarulhos), acreditamos que, por ser o maior em tráfego de passageiros, o impacto do atraso de uma hora será bem maior, em função também das conexões.”

A Fentac afirma que a aviação é um dos setores que mais cresce no país, ficando atrás apenas dos bancos. O crescente aumento na procura por voos no fim de 2014 fez com que as passagens aéreas ficassem 42% mais caras.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirma que a demanda operacional do transportes de passageiros cresceu 5,3% no últimos 12 meses. Em 2014, 121,6 milhões passageiros usaram os serviços aéreos, contra 115,2 milhões em 2013. Ainda segundo a Fentac, a aviação civil cresceu em média 213% nos últimos dez anos.