Por reajuste

Químicos da CUT em São Paulo também iniciam campanha salarial

Várias categorias têm negociação no segundo semestre. Bancários, comerciários, metalúrgicos e trabalhadores nos Correios já tiveram reuniões. Petroleiros farão ato na semana que vem

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FUP entregou ontem (27) sua pauta à Petrobras, com pedido de reposição da inflação e 5,5% a título de ganho real

São Paulo – Sindicatos do setor químico ligados à CUT no estado de São Paulo abrem amanhã (29) a campanha salarial, com aprovação da pauta de reivindicações. À noite, trabalhadores nas bases da capital e do ABC fazem assembleia e devem ratificar a pauta, que prevê reajuste salarial de 13% na data-base (1º de novembro), índice que inclui aumento real (acima da inflação). No total, são sete sindicatos, que reúnem aproximadamente 180 mil trabalhadores, coordenados pela Fetquim, federação cutista.

Os químicos ligados à Força Sindical no estado também estão preparando a sua campanha. Até 14 de setembro, os 33 sindicatos filiados farão assembleias em suas bases – no dia 19, está programada uma assembleia geral na sede da Fequimfar. A reivindicação econômica é de 12% de reajuste, também incluído o aumento real. A base da Força soma em torno de 130 mil funcionários.

A Federação Única dos Petroleiros entregou ontem (27) sua pauta à Petrobras. Com data-base em 1º de setembro, a categoria reivindica, além da reposição da inflação, 5,5% a título de ganho real. Na próxima terça-feira (2), trabalhadores de várias regiões farão um ato no Rio de Janeiro, para marcar o início da campanha salarial, que abrange em torno de 80 mil funcionários. Também será um protesto por mais segurança nos locais de trabalho.

Com a mesma data-base, os metalúrgicos da CUT em São Paulo já tiveram algumas rodadas de negociação, ainda sem proposta de reajuste. Na última terça-feira, a federação estadual (FEM-CUT) se reuniu com os grupos 2 (máquinas e eletroeletrônicos), 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas e artefatos de ferro, entre outros setores) e estamparia. Para a tarde de hoje (28), estava previsto encontro com o setor de fundição. A campanha envolve 215 mil trabalhadores.

Os bancários, que realizam campanha nacional, tiveram ontem a segunda rodada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e tinham outra agendada para hoje, sobre igualdade de oportunidades. As cláusulas econômicas ainda não foram discutidas. Eles pedem 12,5% de reajuste. São aproximadamente 500 mil empregados envolvidos.

Quem também está em negociação são os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), com data-base em 1º de agosto. Eles reivindicam 8% de ganho real. Os Correios têm 125 mil funcionários.