São Paulo – Cerca de 60 metroviários foram demitidos na manhã de hoje (9), segundo o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. A greve dos trabalhadores do Metrô de São Paulo dura cinco dias e está prevista para acabar nesta segunda-feira, às 13h, quando também ocorrerá uma assembleia da categoria. Fernandes disse à rádio Jovem Pan que as demissões foram por justa causa e que os afetados serão comunicados ao longo do dia. O Sindicato dos Metroviários, no entanto, afirmou não ter recebido qualquer posição oficial sobre as demissões.

Na manhã de hoje os metroviários seguem em passeata pelo reajuste salarial de 12,2% em direção à Sede da Secretaria de Segurança Pública, no centro da cidade. O ato teve início na estação Ana Rosa, da Linha 1 – Azul, e logo cedo houve confronto com a Polícia Militar. A Tropa de Choque foi acionada e disparou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que interditaram a rua Vergueiro, na região centro sul de São Paulo. Os policiais bloquearam a entrada da estação e detiveram 13 metroviários, que foram encaminhados ao 26º Distrito Policial, no Sacomã, zona sul.

Os manifestantes marcham em direção à Praça da Sé para se juntarem ao ato do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A greve foi considerada abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, que julgou rigidamente o caso ontem (8) e fixou o reajuste salarial dos metroviários de São Paulo em 8,7%, mantendo a proposta do Metrô. O TRT ainda decretou o desconto dos dias parados e não garantiu estabilidade aos grevistas.

As linhas do Metrô operam parcialmente. A Linha 1-Azul tem funcionamento entre as estações Ana Rosa e Luz. A Linha 2-Verde opera também da estação Ana Rosa até Clínicas. O trecho de operação da Linha 3-Vermelha compreende as estações Bresser Mooca a Marechal Deodoro. Tanto a Linha 4-Amarela como a Linha 5-Lilás funcionam integralmente.