Manifestação em SP

Marcha das centrais representa uma greve, diz presidente da CUT

Dirigente salientou que manifestação é sindical. Sobre o processo eleitoral, ele afirma que a central vai se posicionar 'no momento oportuno'

Mauricio Morais/Sindicato dos Bancários

Manifestantes deixaram Praça da Sé e seguem em caminhada para a Avenida Paulista

São Paulo – O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que a marcha das centrais sindicais, que se concentrou desde o início da manhã de hoje (9) na Praça da Sé, região central de São Paulo, corresponde a uma paralisação, na expectativa de que Executivo e Legislativo retomem negociações sobre a chamada pauta trabalhista. “É como uma campanha salarial. Essa marcha representa uma greve”, afirmou Vagner, pouco antes de iniciar a caminhada rumo ao vão livre do Masp, na Avenida Paulista, com trajeto pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio.

Às 11h, a manifestação ocupava a área central da praça. Seis carros de som foram posicionados à frente das escadarias da catedral. O ato é organizado por seis centrais (CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT) e tem participação de movimentos sociais. Às 10h30, por exemplo, vindo da Rua Direita, também no centro, chegava um grupo ligado ao MTST (trabalhadores sem-teto).

O dirigente da CUT reafirmou o caráter trabalhista da marcha. “É absolutamente sindical, ela fala da pauta da classe trabalhadora. Vamos reentregar a pauta ao governo, ao Legislativo, ao Judiciário”, afirmou. “Avançou muito pouco (a pauta). Praticamente ficou estagnada”, acrescentou Vagner, que, como muitos, segurava uma foice com os dizeres “PL 4.330”, referência a projeto de lei sobre terceirização repudiado pelas centrais. Entre as principais reivindicações, estão redução da jornada para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, correção da tabela do Imposto de Renda, arquivamento do PL 4.330 e manutenção da política de valorização do salário mínimo.

A questão eleitoral deve ser discutida em outro momento, acrescentou o sindicalista. “A CUT vai ter posicionamento no momento oportuno. As centrais não podem cometer esse equívoco de frustrar os trabalhadores, elas os representam.” Segundo ele, há um acordo entre o “comando das centrais” para não defender candidaturas durante a manifestação.

Vagner não quis fazer uma estimativa de público na marcha. “Vai ser extremamente representativa. Vai ter mais do que cinco, seis, sete pessoas que vão para a Paulista e a Folha e O Globo dão capa.”

Ainda não há resposta quanto ao pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff. “Tenho certeza de que ela irá nos atender.”

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