pontapé inicial

Trabalhadores do setor farmacêutico de São Paulo definem pauta e iniciam campanha

Entre as reivindicações, estão reajuste salarial de 12% e ampliação da licença-maternidade para 180 dias. Campanha envolve 50 mil empregados, nas bases da CUT e da Força Sindical

Eduardo Oliveira/Sindicato Químicos SP

Trabalhadores também pedem valor equivalente a dois pisos salariais para PLR e cesta de medicamentos

São Paulo – Com data-base em 1º de abril, os farmacêuticos da base da CUT no estado de São Paulo aprovaram a pauta de reivindicações, que será entregue nesta quinta-feira (27), às 9h, aos representantes das empresas. Eles reivindicam reajuste de 12% (entre reposição de perdas e aumento real), piso de R$ 1.810 (a atual convenção coletiva fixou em R$ 1.182,50 o valor para empresas com mais de 100 funcionários), pagamento de R$ 3.620 a título de participação nos lucros ou resultados (PLR) e vale-alimentação de R$ 325, além de cesta de medicamentos gratuita para todos os trabalhadores e ampliação da licença-maternidade para 180 dias.

A negociação envolve trabalhadores da capital, Campinas, São José dos Campos, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e ABC, representados pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT (Fetquim), que representa cerca de 35 mil empregados no setor.

“Demos o pontapé inicial. Analisando o cenário político e econômico do setor, temos uma boa perspectiva para avançar em diversos itens”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo, Osvaldo Bezerra, o Pipoka.

Força

Já os farmacêuticos representados pela Força Sindical no estado, aproximadamente 15 mil, entregaram a pauta hoje, por meio da Federação dos Trabalhadores nas Industrias Químicas e Farmacêuticas do Estado (Fequimfar). Com a mesma data-base, eles reivindicam 5% de aumento real, piso de, no mínimo, R$ 1.400 – atualmente, o valor chega a R$ 1.049,73 para empresas com até 100 empregados e R$ 1.182,50 para as demais – vale-alimentação de R$ 200 e o equivalente a dois pisos para pagamento da PLR, além da ampliação da licença-maternidade para 180 dias.

“Essa (licença-maternidade) será uma das principais reivindicações. Acreditamos que há maturidade suficiente do setor empresarial para avançar nesta pauta”, avalia o presidente da Fequimfar, Sergio Luiz Leite, o Serginho