manifestação

Centrais fazem passeata em São Paulo pela Jornada Mundial do Trabalho Decente

Jornada é realizada desde 2008, e enfatiza a campanha da OIT pelo envolvimentos de trabalhadores, governos e empresários na promoção da dignidade no mundo do trabalho

Marcelo Camargo/ABr

Na Fiesp, trabalhadores entregam um documento para o setor empresarial por melhores condições de trabalho

São Paulo – Representantes das centrais sindicais CUT, Força Sindical e UGT realizaram uma caminhada na manhã de hoje (7) na Avenida Paulista, pelo dia da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente. Os trabalhadores seguiram da Praça Oswaldo Cruz até o prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde entregaram um documento para o setor empresarial contendo medidas por melhorias de condições de trabalho.

A Jornada Mundial pelo Trabalho Decente é convocada pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e pela Confederação Sindical das Américas (CSA), e promove manifestações desde 2008. Antes, às 9h, as centrais houve promoveram um ato diante de uma concessionária da Nissan, na Mooca (zona leste), em solidariedade aos trabalhadores da empresa nos Estados Unidos e de repúdio às práticas consideradas antissindicais da montadora – que coíbe campanha de sindicalização na unidade do estado do Mississipi.

Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, as condições de trabalho têm melhorado em setores onde há organização sindical e negociação coletiva. “Ainda percebemos o trabalho indecente e trabalho escravo em regiões onde a referência de negociação coletiva é mais frágil, por isso é importante que as centrais e sindicatos sejam cada vez mais reconhecidos pela sociedade”, disse em entrevista à Rádio Brasil Atual.

A atividade também foi um protesto pela redução da jornada sem redução nos salários, discriminação contra as mulheres e contra a terceirização. “Infelizmente, tramita no Congresso Nacional um projeto que amplia o trabalho precário no Brasil”, afirma o secretário de Finanças da CUT, Quintino Severo, referindo-se ao Projeto de Lei 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), empresário do ramo alimentício.

“O trabalho decente é uma preocupação grande do atual governo e estamos levando ao setor patronal. Se ainda existem situações que não estão contempladas, são situações pontuais”, afirma o gerente do departamento sindical da Fiesp Marco Vizioli.

Os manifestantes também fizeram um ato em frente a uma concessionária da montadora Nissan para denunciar más condições de trabalho de uma fábrica da empresa nos Estados Unidos, onde a montadora coíbe campanha de sindicalização na unidade do estado do Mississipi. “É uma empresa que não permite aos seus trabalhadores irem ao banheiro. Então, coloca uma condição muito análoga ao trabalho escravo”, denuncia Severo.

Com informações da Rádio Brasil Atual e da Agência Brasil

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