negociação

Trabalhadores da EBC começam companha salarial

Com data-base em 1º de novembro, funcionários reivindicam reposição da inflação e pagamento linear de R$ 400 para todos, além de cumprimento às leis que regulamentam a profissão de radialista

André Freire/ Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo

Segundo o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, desde 2010 os trabalhadores não recebem aumento real

São Paulo – Trabalhadores da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) iniciaram as negociações para renovação do acordo coletivo. As conversas estão agendadas para ocorrer às terças e quintas-feiras, entre os trabalhadores representados pelos sindicatos de Jornalistas e Radialistas de São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e pela Confederação dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade (Contcop), com uma comissão formada pela empresa, responsável pela TV Brasil, pela Agência Brasil e pelo portal da EBC.

Até o momento, duas reuniões já foram realizadas, com a aprovação de 21 cláusulas consideradas de consenso, que já integram o acordo coletivo, entre as quais anuênio e salário-educação.

Com data-base em 1º de novembro, os trabalhadores reivindicam a reposição da inflação para salários e benefícios e pagamento linear de R$ 400, além de reajuste de 11,2% para o vale-alimentação (R$ 874), auxílio-educação de R$ 800 para funcionários com filhos entre 7 e 17 anos e pagamento de 100% para hora extra realizada em dias úteis, domingos ou feriados.

Segundo informações do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, desde 2010 os trabalhadores não recebem aumento real. “Iniciamos a campanha, avançamos em algumas questões, mas o momento é de negociar cada uma das cláusulas, para serem apresentadas em assembleias”, afirma o coordenador-geral da entidade, Jonas Valente.

Os trabalhadores também querem que os cargos de chefia, coordenação e gerência sejam ocupados por contratados da EBC, defendem a abertura de concursos públicos para novas contratações e pedem respeito à lei do radialista, sem acúmulo e desvio de funções, ou com remuneração compatível à função desenvolvida.

“A direção da EBC se arroga o direito de reescrever a legislação vigente no país. Isso é inaceitável e entraremos com ação civil pública, no Ministério Público do Trabalho, para que se cumpra as leis que regulamentam as nossas profissões”, afirma o representante da Comissão de Empregados da EBC, Nilton de Araújo, em vídeo produzido pelos trabalhadores.

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