Ainda sem acordo

Petroleiros rejeitam proposta de reajuste de 8% e continuam em greve

Sindicalista diz que itens apresentados pela Petrobras são insuficientes. Negociação continua amanhã

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Petroleiros mantêm greve iniciada há 5 dias, depois de proposta sem avanços apresentada pelo setor patronal

São Paulo – No dia do leilão do pré-sal, com movimentos e confrontos no Rio de Janeiro, representantes dos petroleiros e da Petrobras se reuniram hoje (21) pela manhã para tentar um acordo relativo à campanha salarial. Mas os sindicalistas rejeitaram de imediato nova proposta da empresa, de reajuste de 8%. A categoria está em greve desde a última quinta-feira (17). Nova negociação foi marcada para amanhã, às 10h.

Segundo o secretário de Administração e Finanças da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Genivaldo da Silva, a reunião foi uma tentativa para desmobilizar a categoria, em greve há cinco dias. “Não foi apresentada nenhuma resposta concreta em relação às nossas cláusulas sociais e essa proposta da Petrobras não atende as nossas reivindicações. É muito importante que nosso movimento siga forte, principalmente hoje”, afirmou Silva referindo-se ao leilão do campo de Libra, esta tarde, um dos motivos do protesto, com manifestações e apoio de movimentos sociais em diversas regiões do país.

A greve dos petroleiros também ocorre contra o Projeto de Lei 4.330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), sobre terceirização. A Petrobras emprega aproximadamente 82 mil trabalhadores contratados diretos e cerca de 350 mil terceirizados.

A categoria tem data-base em 1º de setembro. Entre as reivindicações, estão aumento real de 5%, melhorias em saúde, segurança, criação de um fundo garantidor para terceirizados, mudanças no pagamento de horas extras e auxílio-farmácia. “Se a empresa quiser que os trabalhadores retornem ao trabalho deve apresentar uma proposta melhor do que essa que trouxe para a mesa de negociação”, disse Silva.

Em seu quinto dia, a paralisação atinge plataformas, campos terrestres, Transpetro, distribuidoras de gás, biodiesel e termoelétricasda Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santo. O movimento se estende a refinarias do Rio de Janeiro, Amazonas, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Espírito Santo e Ceará.