TST

Eletrobras rejeita acordo e trabalhadores retomam greve na segunda-feira

Empresa não aceita proposta do tribunal, de conceder aumento real de 1% retroativo a maio

São Paulo – Depois de aceitar a proposta apresentada pelo Tribunal Superior de Trabalho (TST) e suspender a greve na última quarta-feira (31), os funcionários da Eletrobras vão retomar a paralisação a partir da próxima segunda-feira (5). O TST havia apresentado um acordo que previa aumento real de 1% retroativo a maio deste ano, novo reajuste do mesmo percentual em janeiro de 2014 e de 0,5% em setembro, além da correção da inflação.

Em audiência de conciliação realizada ontem (1º), os representantes da empresa informaram que não seria possível aceitar a proposta e apresentaram uma alternativa com um índice de reajuste real menor do que o proposto. O presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Franklin Moreira, avalia que a construção de um acordo não está distante. “Percebemos que o que está havendo é uma tentativa da empresa para impor alguma forma de penalização à categoria pelos dias parados”.

O TST não considera abusiva a greve dos trabalhadores da Eletrobras, que paralisaram as atividades por 16 dias. Além do 1% de aumento real este ano, o tribunal propôs 1% em janeiro e 0,5% em setembro de 2014. A empresa ofereceu 1% em janeiro do ano que vem e 1% em 2015.

“Nesse período (de greve), nós tivemos grandes eventos internacionais no país, quando redobramos nossa atenção para qualquer atividade especial que fosse necessária a fim de manter o fornecimento de energia aos consumidores. A nossa greve é por reivindicação, não é contra a sociedade”, diz Moreira. Segundo ele, a empresa quer descontar dos salários os dias parados e não aceita nenhuma forma de compensação.

O sindicalista informa que retorno da greve não precisa ser aprovado em assembleia, mas serão feitas reuniões para explicar a situação para os trabalhadores e garantiu que os eletricitários vão cumprir as exigências do TST em relação ao percentual mínimo de trabalhadores na ativa, para não comprometer a prestação de serviços à população. Devem trabalhar 75% de funcionários nos setores de operações e 40% nos setores administrativos. “A prestação de serviços continua garantida e com mais atenção porque não queremos que nada aconteça com o sistema”, disse.

Com informações da Agência Brasil


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