Em assembleia, professores gaúchos decidem entrar em greve a partir de segunda-feira

Salário

Porto Alegre – Foi aprovada nesta sexta-feira (23), durante assembleia de professores ligados aos Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), convocação de greve da categoria com início na próxima segunda-feira (26). A assembleia que aprovou a greve ocorreu no Auditório Araújo Viana, com a presença de cerca de 2,5 mil professores. O governo gaúcho seria informado da paralisação ainda na sexta-feira.

A assembleia contou com a presença de 42 núcleos do Cpers. Além de Porto Alegre, outros núcleos do interior do RS já haviam aprovado a paralisação, entre eles os de Bento Gonçalves, Passo Fundo, Erechim, Cruz Alta e Alegrete.

A principal demanda da categoria é a retomada imediata das negociações salariais com o governo gaúcho. O Cpers quer o pagamento do piso nacional para professores e funcionários, usando os critérios estabelecidos pelo Ministério da Educação. Além disso, pedem manutenção dos planos de carreira e licença maternidade ampliada para seis meses.

Em nota oficial liberada pouco antes do começo da assembleia, o governo do Rio Grande do Sul afirma que ofereceu respostas aos itens apresentados pela categoria e garantiu estar disposto a manter o diálogo. A resposta teria sido repassada no dia 15 de agosto. “Na reunião ocorrida no dia 19 de agosto, com o pedido de maior objetividade às respostas, o secretário de Estado da Educação, Jose Clovis de Azevedo, propôs outra audiência de negociação com a presença, inclusive, de secretários de outras pastas já que a pauta extrapola questões da educação”, diz a nota.

“Diante do silêncio da direção sindical para a continuidade das negociações, ficam em suspenso todos os avanços propostos como, por exemplo, as promoções de 2003-2012, o abono de faltas relativo a atividades sindicais entre 2008-2010 e a exclusão de servidores que atuam em escolas, no plano de carreira”, conclui o documento.