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Aposentados do Banespa protestam no Banco Central por pagamentos pendentes

Treze anos depois que o banco foi adquirido pelo Santander, banespianos ainda cobram correção de aposentadoria e gratificações

São Paulo – Quase treze anos depois da privatização do Banespa, aposentados e pensionistas realizam um protesto nesta quinta (1º), às 10h, em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, para cobrar o pagamento de gratificações pendentes.

Os aposentados tiveram os seus salários congelados por cinco anos. Após a aquisição do banco pelo Santander, em 2000, os trabalhadores da ativa, representados pelos sindicatos, realizaram um acordo no qual tiveram os seus salários congelados, em troca de garantia de emprego, já que era grande a expectativa de demissões em massa. Como o índice que corrigia o salário dos aposentados seguia o mesmo critério dos trabalhadores da ativa, eles também tiveram o congelamento dos salários. A partir de 2006 os salários voltaram a ser corrigidos de acordo com a regra vigente dos bancários.

À época da privatização, o Senado expediu a Resolução 118/97, na qual foram emitidos títulos públicos com a única finalidade de garantir o pagamento dessas aposentadorias, mas o Banco Central autorizou o Santander a negociar esses títulos. “Não justificava o Santander ter feito o congelamento para os aposentados, sendo que os recursos para pagamentos dessas aposentadorias já estavam separados. Sem contar que os títulos renderam juros, e o banco ficou com essa rentabilidade”, afirma o presidente da Associação dos Funcionários do Banco Santander, Banesprev e Cabesp (Afubesp), Camilo Fernandes dos Santos.

A manifestação tem a finalidade de cobrar do Banco Central essa responsabilidade.

Os aposentados e pensionistas também reivindicam que o índice para reajuste das aposentadorias seja medido IGP-DI, o mesmo que corrige os títulos de acordo com a lei da previdência complementar e com a resolução do Senado. “É importante lembrar que os trabalhadores resistiram por mais de seis anos contra a privatização. Entendemos que o pleito do reajuste para essas aposentadorias é mais do que justo”, afirma Santos.

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