São Paulo – Trabalhadores de 63 aeroportos do país se programam para entrar em greve a partir de amanhã (31), por tempo indeterminado. A categoria, que tem data-base em 1º de maio, está em campanha salarial desde abril e reivindica 16% de reajuste (9,5% de aumento real) para salários e vales refeição e alimentação. Na última sexta-feira (26), os trabalhadores rejeitaram a contraproposta da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que ofereceu aumento de 6,49%. Amanhã, o Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina) organiza assembleias em várias regiões para avaliar a campanha e a manutenção do movimento.

Existem aproximadamente 13 mil aeroportuários em todo o Brasil. O secretário de Administração e Finanças do Sina, Samuel Santos, conta com a adesão de 70% da categoria ao movimento. “Queremos que a empresa reavalie a proposta e reconheça a categoria aeroportuária. Contamos com a participação dos trabalhadores de todos os setores dos aeroportos.”

Em nota, a Infraero informa que a empresa respeita as manifestações dos trabalhadores, mas mantém um plano de contingência especial, já desenvolvido em outras situações de greve, para reduzir os transtornos e manter o funcionamento em todos os aeroportos do país. Este plano inclui o remanejamento de empregados de outros setores e escalas para reforçar as equipes nos horários de maior fluxo.

Na semana passada, o sindicato encaminhou ofícios à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ao ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência, Moreira Franco, e ao presidente da Infraero, Gustavo do Vale, para informar sobre a decisão da greve.

TAM

A TAM pode cortar aproximadamente 950 funcionários, entre pilotos, copilotos e comissários. Um processo de negociação foi aberto hoje com o Sindicato Nacional de Aeronautas.