após ocupação da assembleia

Após ocupação, trabalhadores da saúde de São Paulo negociam com secretário

Em greve há 35 dias, categoria decide manter greve para cobrar 32,2% de reajuste salarial, referente aos últimos cinco anos

Os trabalhadores conseguiram que parlamentares mediassem a negociação com o secretário Davi Zaia

São Paulo – Em greve há 35 dias, os trabalhadores da saúde do estado realizam hoje (5), às 14h, uma reunião com o secretário de Gestão Pública do estado, Davi Zaia, para discutir a situação da categoria. A negociação foi agendada hoje, após a ocupação realizada por cerca de 80 trabalhadores na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde estão desde a tarde de ontem.

A ocupação do plenário ocorreu ontem após a participação do grupo grevista em uma reunião na Comissão de Saúde. A decisão de permanecer na Casa foi tomada após conversas com os deputados Barros Munhoz (PSDB), líder do governo na Casa, e  Luiz Cláudio Marcolino, líder da bancada do PT. Os parlamentares se comprometeram a intermediar a negociação da categoria com o governo, o que resultou na negociação desta tarde com Zaia.

“A Secretaria de Gestão tem condições políticas de ajudar nesse processo e apresentar propostas concretas para a questão das perdas salariais e do vale-refeição”, afirma Mauri Bezerra, secretário de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde). “Nossa permanência na Assembleia foi acertada, teve repercussão na imprensa. Essa reunião não tinha qualquer perspectiva de ser agendada e conseguimos”, completa. Segundo ele, o sindicato está conversando com Barros Munhoz para que ele participe na reunião, o que daria mais “peso político”.

Paralelamente, os servidores realizaram uma nova assembleia na rampa da própria Assembleia para avaliar o movimento e decidir pela manutenção da greve. Os servidores públicos estaduais da saúde reivindicam 32,2% de reajuste salarial, referentes aos últimos cinco anos, vale-refeição de R$ 26,22, pagamento de prêmios iguais para todos os servidores e transparência no uso das verbas do Fundo Estadual de Saúde (Fundes).

Na última reunião de negociação, o o secretário estadual de Saúde, Giovanni Cerri, apresentou uma proposta para regulamentar a jornada de 30 horas para funcionários administrativos, mas nenhuma às outras reivindicações de servidores da área, o que foi considerado insuficiente.