greve em Cubatão

Pessoal da construção de polo petroquímico para por 8% de aumento real

Operários cruzaram os braços na madrugada de hoje, na Baixada Santista, também por vale-refeição de R$ 20 e PLR de um 1,5 salário

Trabalhadores liderados por Macaé, presidente do Sintracomos, vão ficar parados por tempo indeterminado (Foto: Vespasiano Rocha/Sintracomos)

São Paulo – Os trabalhadores da construção civil que atuam nas 43 empresas do Polo Petroquímico de Cubatão, na Baixada Santista (SP), entraram em greve na madrugada de hoje (6) para exigir reposição das perdas salariais acumuladas mais 8% de aumento real. A paralisação foi decidida em greve realizada na sexta-feira (3).

Além disso, segundo o presidente do sindicato da categoria (Sintracomos), Marcos Braz de Oliveira, o Macaé, os grevistas pedem aumento do vale-refeição de R$ 15 para R$ 20, correção da grade salarial e participação nos lucros ou resultados (PLR) equivalente a um salário e meio.

Os trabalhadores, com data-base em 1º de abril, recusaram a proposta patronal, que prevê 8% de reajuste, com base na inflação acumulada pelo INPC entre abril de 2012 e março passado, estimada em 7%, e mais 1% de aumento real.

Em reunião na tarde de hoje entre sindicato e patrões, não houve avanço nas negociações. “Eles mantiveram a proposta rejeitada na assembleia”, disse Macaé. Segundo ele, a greve, que hoje teve adesão de 90% dos 10 mil trabalhadores locais, será mantida até que as empresas atendam às reivindicações.
Em 2012, os trabalhadores ficaram 12 dias parados até negociarem reajuste de 9%, sendo 4,96% de reposição de perdas acumuladas mais aumento real.