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Servidores municipais da Educação mantêm paralisação em São Paulo

Trabalhadores em greve desde o dia 2 reivindicam reajustes de 6,55% a ser aplicado sobre os salários de maio de 2011), de 4,61%, sobre maio de 2012, e de 5,6% este mês

Marcelo Camargo/ABR

Servidores realizam assembleia em frente à prefeitura, no centro de São Paulo

São Paulo – Os servidores da Educação de São Paulo decidiram hoje (17), em assembleia realizada em frente à sede da prefeitura, manter a greve na rede municipal de ensino. Parados desde o dia 2 deste mês, os trabalhadores reivindicam reajuste de 6,55% retroativo a maio de 2011, 4,61% retroativo a maio de 2012 e 5,6% para este mês.

Além disso, a categoria quer melhores condições de trabalho, fim das terceirizações e realização de concurso para os cargos vagos na administração municipal. Na terça-feira (21), trabalhadores farão nova assembleia.

Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Claudio Fonseca, a prefeitura não apresentou contraproposta às reivindicações dos professores em greve. O dirigente informou que a adesão está em torno de 50%.

Na quarta-feira (15), a Câmara Municipal aprovou em primeira votação projeto substitutivo (PL 155/2012), encaminhado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que prevê reajuste de 0,01% referente a maio de 2011, de 0,82% para novembro de 2011, de 0,01% para maio de 2012, e de 0,18% para este mês. O substitutivo prevê o pagamento dos reajustes em duas parcelas, a primeira em agosto de 2013 e a segunda em agosto de 2014.

O PL 155/2012, do ex-prefeito Gilberto Kassab, concedia reajuste de 0,01% retroativo a maio de 2011 e de 0,01% referente a maio de 2012.

‘Greve política’

Fonseca tem sido criticado por Haddad. O prefeito acusa o sindicalista, ex-vereador pelo PPS que não se reelegeu na eleição de 2012, de estar conduzindo uma greve política.

“Desde janeiro nós temos procurado a Secretaria de Educação e a prefeitura para discutir nossas reivindicações. Fizemos uma reunião com o secretário de Relações Governamentais (João Antonio) e não estamos fazendo nenhuma greve contra o prefeito nem contra a prefeitura. O que nós queremos é melhorar a educação municipal”, disse o presidente do Sinpeem. O Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem) apoia desde o dia 10.

A Secretaria Municipal de Educação, por meio da assessoria de imprensa, informou hoje que o reajuste de 0,82% é apenas uma parte dos índices que o município concedeu aos professores. De acordo com a secretaria, os professores terão reajuste de 10,19% este mês e de 13,43% em maio de 2014.

Segundo o sindicato, o reajuste de 10,19% faz parte da incorporação de abonos complementares de pisos, negociados na data-base da categoria em 2010 e previsto na Lei nº 15.215, de 25 de junho de 2010.

A secretaria também informou que vai contratar 712 auxiliares técnicos educacionais (ATE) para dar apoio administrativo nas escolas e que vai aumentar em 50% o número de estagiários e de auxiliares de vida escolar (AVE) para ajudar o trabalho dos professores no programa de educação inclusiva. Informou ainda que vai implementar um programa de saúde e de qualidade de vida para os educadores.

A secretaria também informa que contratou neste ano 2.894 professores e que vai contratar 1,2 mil professores para a educação infantil até o final deste ano.

 

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