Direitos

Centrais reúnem-se na segunda-feira para unificar posição sobre trabalho doméstico

Pressionado pelas centrais, relator Romero Jucá tem feito uma série de alterações na proposta original de regulamentação da matéria

Lia de Paula/Agência Senado

Vaccarezza e Jucá, presidente e relator da comissão mista encarregada de analisar regulamentação do trabalho doméstico

São Paulo – Presidentes das centrais sindicais vão se reunir segunda-feira (3), às 10h, na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, para debater a regulamentação da Emenda Constitucional nº 72, do Trabalho Doméstico, que deve ser votada no dia 6 de junho.

Devem participar do debate os presidentes Vagner Freitas, da CUT; Ricardo Patah, da UGT; Wagner Gomes, da CTB; e o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), da Força Sindical, além do deputado federal Roberto Santiago (PSD-SP). A Nova Central enviará um representante no lugar de seu presidente, José Calixto Ramos, que não poderá comparecer.

Na terça-feira (4), haverá nova reunião entre as centrais, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da matéria na comissão mista incumbida de discutir a matéria no Congresso Nacional, e o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), presidente da comissão. Pressionado pelas centrais, Jucá tem feito uma série de alterações no texto.

A mais recente, apresentada hoje (29), em reunião na comissão, mudou a proposta inicial de que o empregado só pudesse ser recontratado pelo mesmo empregador após dois anos. A intenção de Jucá seria a de evitar fraudes no seguro-desemprego.

O relator, porém, foi avisado pelo Ministério do Trabalho sobre a inconstitucionalidade da imposição do prazo, e manteve apenas dispositivos atualmente em vigor que autorizam o cancelamento do benefício no caso de fraude.

Também na reunião de hoje da comissão Jucá confirmou a proposta de criar um fundo de 3,2% sobre o salário do empregado para o caso de demissão sem justa causa, além dos 8% do FGTS. Tudo seria pago pelo empregador. A diferença é que, na demissão com justa causa ou a pedido do empregado, o dinheiro do fundo voltaria ao patrão. Para o sistema não pesar demais para o empregador, a alíquota do INSS cairia de 12% para 8%.

Leia também

Últimas notícias