Funcionários do Banco do Brasil vão parar por 24 horas no dia 30

Categoria vai protestar contra plano de funções adotado em janeiro que estaria causando perdas salariais

São Paulo – Funcionários do Banco do Brasil em todo o país vão parar por 24 horas no próximo dia 30 para protestar contra o plano de funções adotado pela instituição em janeiro e forçar a abertura de processo de negociação. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a medida provoca perdas salariais e reduz comissões. Nos dias 7 e 20 de fevereiro e 20 de março já houve paralisações pela manhã. A diretoria do BB havia marcado reunião com os bancários para ontem (9), mas desmarcou na segunda-feira. 

O sindicato afirma que, com a mudança, escriturários e caixas, ao serem promovidos para assistentes ou gerentes, ingressam na função com salários menores e sem garantia de reajustes. Reclama que os assistentes recém-promovidos que optaram pela jornada de seis horas tiveram redução salarial de 16,25%. “Todos os sindicatos do país vão mobilizar suas bases. A expectativa é que seja um movimento forte, senão o banco não abre negociação”, afirmou o diretor Ernesto Izumi. 

O coordenador nacional de negociação com o Banco do Brasil pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Willian Mendes, avalia que a paralisação é “uma oportunidade de denunciar ao governo federal a situação desses trabalhadores”. 

O BB divulgou comunicado dia 20 de março, no qual afirma que o plano “valoriza os funcionários”. Segundo a nota, o novo esquema proporciona “aumento de 12% no valor da hora de trabalho para quem opta pela jornada de seis horas. “Ou seja, não haverá desvalorização do salário, mas redução do número de horas trabalhadas a serem pagas”.

Mudança

O Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou um ato hoje (10) no centro da capital para protestar e conscientizar os comerciantes da região sobre a transferência de 2 mil funcionários do Banco do Brasil e mais de mil terceirizados que trabalham no centro para um prédio no bairro da Lapa, na zona Oeste. Foram entregues cartões explicativos sobre a transferência. A ideia é que eles sejam assinados pelos comerciantes e trabalhadores e entregues ao sindicato, que irá encaminhá-los à direção do banco.

O sindicato informou que o prédio que será ocupado pelos trabalhadores na Lapa era uma antiga fábrica de empresa alemã Siemens. “De acordo com a Cetesb, o terreno em que se localiza o prédio está contaminado, e vai continuar nessa condição até pelo menos 2040. Fora isso, naquela região há poucos restaurantes e opções de transporte público”, disse o diretor Paulo Rangel, em entrevista ao site da entidade.

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