Funcionalismo cobra de Haddad reajuste que pode chegar a 65%

Segundo sindicato, índice é relativo à reposição inflacionária e a perdas da gestão Serra/Kassab. Secretarias vão discutir assunto na semana que vem

São Paulo – Servidores públicos de São Paulo estão se organizando para cobrar da administração Fernando Haddad (PT) reajustes salariais que, entre reposição inflacionária e perdas do período José Serra/Gilberto Kassab (2005-2012), podem chegar a 65%. Eles também pedem a incorporação das gratificações criadas nesse período para compensar a falta de reajustes. Uma assembleia marcada para o próximo dia 23 deve definir a agenda de mobilizações. A Secretaria de Relações Governamentais, responsável pelo caso, informou que na semana que vem irá marcar nova reunião com a entidade e com as secretarias de Finanças e Planejamento.  

“O reajuste salarial ocorre apenas para alguns setores, como saúde e educação. Nossas bases com menores salários recebem por volta de R$ 470, e só atinge o mínimo nacional com gratificações”, afirma o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (Sindesp), Vlamir Lima.

Segundo ele, a categoria exige mudança na política salarial dos servidores, com o fim das gratificações, aumento dos salários e correção anual da inflação. Desde 2003, os funcionários públicos de São Paulo recebem um reajuste considerado simbólico pela categoria, mais bonificações, em detrimento da correção inflacionária.

“Ano passado foi enviado para Câmara Municipal um projeto de lei (155) que previa um reajuste de 0,01% para 2011 e 0,01% para 2012, a serem pagos juntos. Conseguimos incluir um adendo exigindo que seja paga a reposição da inflação dos dois anos, de 11,46%, mas a legislatura acabou e nenhum dos dois projetos foi votado”, afirma o secretário-geral.

Na última sexta-feira (8), representantes da entidade se reuniram com o secretário de Relações Governamentais da prefeitura, João Antonio da Silva Filho, e entregaram sua pauta de reivindicações. 

“É um governo novo, mas não vamos ficar esperando, para acabarmos por último nas demandas. Nosso tempo é outro”, afirmou Lima.

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