Ato resgata assassinato de grevistas de Volta Redonda em 1988 com aval de Sarney

São Paulo – O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Rocha, considera que o ato para recordar o assassinato de três trabalhadores durante a greve da Companhia Siderúrgica […]

São Paulo – O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Rocha, considera que o ato para recordar o assassinato de três trabalhadores durante a greve da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1988 é fundamental para mostrar aos mais jovens a importância da mobilização social.

“Faz 24 anos hoje e a gente não pode deixar esquecer. Mesmo porque a gente tem companheiros novos. Alguns nasceram próximos àquele ano. Então, a gente tem de mostrar o que é. A gente está resgatando alguns vídeos do passado e mostrar que nada é dado de graça. Isso não existe. A luta é a luta e não tem jeito”, afirmou em entrevista à TVT. “No Brasil se costuma dizer que é o governo que concedeu, que é o patrão que concedeu. A gente precisa mostrar que os trabalhadores conquistam as coisas na luta.”

Em 7 de novembro de 1988, os trabalhadores da CSN decidiram entrar em greve para cobrar reajuste salarial e a readmissão de funcionários demitidos por perseguição política. Em 9 de novembro, o então presidente da República, José Sarney, autorizou a entrada do Exército na unidade de Volta Redonda, no Rio. Dezenas de pessoas ficaram feridas, e três morreram: Willian Fernandes Leite, de 22 anos, Valmir Freitas Monteiro, de 27, e Carlos Augusto Barroso, de 19.

Ontem, no Rio, foi organizado um ato para recordar o episódio. O evento foi realizado na praça Juarez Antunes, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em homenagem às três vítimas do episódio.