Químicos da CUT em São Paulo iniciam campanha por reajuste de 12%

Categoria já entregou a pauta de reivindicações e acredita que a retomada do crescimento vá favorecer a negociação

São Paulo – Os representantes dos trabalhadores do ramo químico na base da CUT em São Paulo, com data-base em 1º de novembro, entregaram ontem (24) aos sindicatos patronais a pauta de reivindicações da campanha salarial. Além das cláusulas econômicas, a pauta deste ano envolve as sociais, renovadas a cada dois anos. Entre os principais itens, estão reajuste de 12%, participação nos lucros ou resultados (PLR) mínima de R$ 1.400 e piso de R$ 1.400, além da redução da jornada para 40 horas semanais, combate à precarização (terceirizações e rotatividade) e licença-maternidade de 180 dias.

Coordenada pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT (Fetquim), a campanha abrange 180 mil trabalhadores dos sete sindicados que negociam conjuntamente: São Paulo, ABC, Campinas, Osasco, Vinhedo, Jundiaí e região e São José dos Campos e região. Para a direção da Fetquim, o setor patronal tem condições de atender às reivindicações. “Houve retomada do crescimento econômico e medidas de incentivo fiscal por parte do governo, como redução de PIS e Cofins, trazendo uma situação mais confortável para a indústria química”, afirmou o coordenador político da federação, Raimundo Suzart.

Outro fator que cria expectativa positiva, segundo o coordenador, é o dado de que mais de 36% das negociações na indústria no primeiro semestre obtiveram ganhos reais acima de 2%.

Segundo a federação, uma das novidades deste ano é a previsão de aumento do número de rodadas e da duração de cada uma. Nos anos anteriores, havia em média três reuniões de duas horas. O aumento se deve ao número de cláusulas da negociação, 86, das quais 48 são renovações, 33 renegociações e cinco novas a serem incluídas no acordo da categoria.

 

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