Professores de federais ainda têm esperança de reabrir negociação com o governo

São Paulo – A presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Oliveira, manifestou hoje (27) esperança de que o governo federal ainda reabra negociações […]

São Paulo – A presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Oliveira, manifestou hoje (27) esperança de que o governo federal ainda reabra negociações em torno da proposta de reajuste para a categoria. “Protocolamos nossa contraproposta, mas não tiveram nenhuma resposta do governo até agora. No entanto, vamos continuar lutando para reabrir as negociações”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Na última semana, o Andes protocolou no Ministério do Planejamento uma proposta alternativa àquela apresentada pelo governo. A entidade aceita o piso salarial de R$ 2.018,77 e pede aumento sempre de 4% a 5% entre os níveis de carreira, contra um reajuste de 25% a 40%, a depender do cargo, definido pelo Executivo federal para os próximos três anos.

O Ministério da Educação reafirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não haverá reabertura de negociações. Também o Ministério do Planejamento,  por meio da assessoria de comunicação, informou que rodadas de negociação com os servidores públicos federais em greve foram encerradas ontem (26) e que os representantes das categorias têm até amanhã (28) para assinar os acordos, concordando com o reajuste proposto pelo governo.

Entre os professores, a greve na Universidade de Brasília (UnB) foi um dos pontos que ganharam atenção nos últimos dias. Na sexta-feira (24), em decisão apertada, os docentes votaram pela volta ao trabalho após uma assembleia realizada por conta de uma contestação apresentada pelos profissionais favoráveis à paralisação. Os professores de algumas universidades, como a Federal do Ceará (UFC), a Federal de São Carlos (UFSCar) e a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), já haviam decidido pelo fim do movimento na semana passada.

“Isso [o fim da greve na UnB] não interfere na conjuntura nacional. Vamos avaliar os rumos da greve nas novas assembleias que ocorrerão na quinta e na sexta-feira desta semana. Nesse momento, cada seção sindical vai avaliar como está a greve, se está intensa, se está difícil. Por enquanto, ela continua em 52 universidades”, afirmou Marinalva.

São mais de cem dias de greve em todo o país. No fim de semana, em carta endereçada aos professores, o Andes pediu a manutenção da mobilização e acusou o governo federal de protelar o debate com propostas vazias. Para a entidade, a intenção do governo Dilma Rousseff é estabelecer uma lógica de gestão do Estado que desestrutura as carreiras e iguala o trabalho público a uma lógica de mercado. 

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