Bancários retomam negociações de campanha salarial nesta terça

Cartaz da campanha salarial dos bancários deste ano questiona argumentos do setor patronal para não atender reivindicações (reprodução/detalhe) O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do […]

Cartaz da campanha salarial dos bancários deste ano questiona argumentos do setor patronal para não atender reivindicações (reprodução/detalhe)

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), retoma nesta terça-feira (21), em São Paulo, as negociações da Campanha 2012 com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), agora para discutir as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração. Essa terceira rodada de negociações continuará na quarta (22).

Ontem (20), a Contraf-CUT e a Confederação Nacional de Vigilantes (CNTV) divulgaram estudo conjunto apontando o crescimento de mais de 50% dos ataques criminosos a bancos no período de um ano.

“O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Somente os cinco maiores bancos do país lucraram no primeiro semestre do ano mais de R$ 24,5 bilhões. Não há nenhuma razão para que não atendam às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, principais responsáveis pelos bons resultados”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, que debate as reivindicações de campanha com o setor patronal.

“Vamos voltar à mesa de negociação apontando aos bancos que precisam investir muito mais em segurança em nome da vida de clientes e funcionários. Que têm de reduzir as desigualdades entre homens e mulheres, principalmente de salários e nas condições de ascensão profissional. E que podem pagar aumento real nos salários, PLR e tíquetes maiores, valorizando os funcionários responsáveis por esses excelentes resultados”, completa Juvandia Moreira, presidenta do sindicato da categoria em São Paulo, Osasco e região.

Nas negociações de hoje destacam-se destacam reivindicações como a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos e sequestros como a porta giratória com detectores de metais. Além disso, a categoria reivindica estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

Campanha

Nas negociações desta ano, os bancários buscam reajuste salarial de 10,25% (inflação do período mais aumento real de 5%), valorização do piso salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, Plano de Cargos e Salários (PCS) e previdência complementar para todos os bancários, dentre outras demandas.

A categoria também elenca a necessidade de avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, sem exceções, a mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência. Outras medidas é a eliminação de práticas discriminatórias nas relações de trabalho, bem como o fim da pressão abusiva e do assédio moral nas agências e concentrações bancárias.

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