Direção de novo sindicato mundial terá mais representantes da América Latina

Sanches, da CNM/CUT: ‘União trará mais força na luta e organização’ (Foto: Industriall Global Union/Flickr) São Paulo – Com nove sindicalistas da América Latina e Caribe na direção, o IndustriALL […]

Sanches, da CNM/CUT: ‘União trará mais força na luta e organização’ (Foto: Industriall Global Union/Flickr)

São Paulo – Com nove sindicalistas da América Latina e Caribe na direção, o IndustriALL Global Union, sindicato mundial de metalúrgicos, químicos e trabalhadores no vestuário, terá o alemão Berthold Huber, do IG Metall (sindicato dos metalúrgicos daquele pais) como presidente e o finlandês Jyrki Raina (ramo químico) como secretário-geral. O brasileiro Fernando Lopes, ex-secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), será um dos três secretários-gerais adjuntos. A direção terá ainda três vice-presidentes. “Os trabalhadores têm de agir globalmente, porque os mercados são globais, o capital é internacional, e a  informação e a comunicação também se dão em nível mundial”, declarou Raina.

O congresso terminou hoje (20) em Copenhague, na Dinamarca, com mais de mil delegados de 354 entidades de 109 países. A nova entidade representa a fusão de três federações internacionais: Fitim (metalúrgicos), Icem (químicos) e FITTVC (setor de vestuário), em um total de 50 milhões de trabalhadores na base. Houve dificuldade na composição, porque inicialmente haveria apenas seis vagas para a América Latina.

Uma das resoluções aprovadas ontem foi apoiar uma campanha mundial pelo fim do trabalho precário. Há também em curso uma campanha contra a mineradora Rio Tinto, fornecedora oficial das Olimpíadas de Londres, que começam no mês que vem – todo metal usado para confecção de medalhas será fornecido pela empresa. Os sindicatos querem que a Rio Tinto seja excluída por práticas anti-sindicais.

Segundo o secretário de Relações Internacionais da CNM-CUT), Valter Sanches, a união dos trabalhadores vai reforçar a solidariedade e trará mais força na luta e organização. O dirigente observou que as categorias não passarão pelo mesmo processo no Brasil. “Vamos melhorar o trabalho conjunto de solidariedade que já fazemos com os químicos e os têxteis”, disse. Sobre a representação da América Latina, Sanches ressaltou: “O continente vem ganhando mais importância no mundo nos últimos anos, principalmente pelo papel político do Brasil”. 

Com informações do IndustriALL Global Union e do jornal Tribuna Metalúrgica, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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