Metalúrgicos da CUT em São Paulo dão largada na campanha salarial

De amanhã até dia 24, categoria fará assembleias para ratificar pauta de reivindicações. Trabalhadores nas montadoras já têm acordo

 São Paulo – Representantes dos 14 sindicatos de metalúrgicos ligados à CUT no estado de São Paulo aprovaram ontem (13) os principais itens da pauta de reivindicações e o calendário da campanha salarial da categoria, que tem data-base em 1º de setembro. Este ano, as montadoras ficarão de fora, porque os trabalhadores no setor aprovaram em 2011 um acordo válido por dois anos, prevendo 10% de reajuste (entre reposição e aumento real) e abono. Assim, a campanha envolverá aproximadamente 200 mil metalúrgicos, de um total de 250 mil.

De amanhã (15) até o dia 24, serão realizadas assembleias nas bases para ratificar a pauta. A FEM-CUT, federação da categoria no estado, estima que as negociações comecem a partir da primeira quinzena de julho. Os metalúrgicos tratam com sete bancadas: montadoras (ABC, Taubaté e São Carlos), fundição, estamparia, grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos), grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos, que concentra 110 mil trabalhadores), grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos e outros setores) e grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos e outros).

Este ano serão negociadas apenas as cláusulas econômicas – as sociais valem até 2013. Além das reivindicações comuns ao período (reposição com base na variação da inflação e aumento real), os sindicalistas querem valorização dos pisos, redução da jornada e ampliação do período de licença-maternidade de 120 para 180 dias.

Petroleiros

O Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) avalia hoje (14) a proposta da Petrobras de pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) referente a 2011. O valor do piso é de R$ 16.500, em torno de 16% menor que a do ano anterior. No ano passado, a companhia teve lucro líquido de R$ 33,3 bilhões, 5% a menos do que em 2010. “O que salta aos olhos é que para os acionistas a empresa aumentou o provisionamento, mesmo caindo o lucro”, disse o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes. Segundo ele, com isso, a Petrobras “desvaloriza o trabalho e valoriza o capital”.

 

 

 

 

 

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