Contac propõe redução de jornada de trabalhadores de frigoríficos

São Paulo – A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, Agroindústrias, Cooperativas de Cereais e Assalariados Rurais (Contac) se reuniu com empresários de frigoríficos na semana passada para […]

São Paulo – A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, Agroindústrias, Cooperativas de Cereais e Assalariados Rurais (Contac) se reuniu com empresários de frigoríficos na semana passada para discutir uma proposta de redução da jornada dos trabalhadores de frigoríficos.  A ideia é que com as novas regras eles passem a trabalhar 36 horas semanais, com pausas de 10 minutos a cada 50 trabalhados. Atualmente, a jornada é de 44 horass.

O presidente da Contac, Siderlei de Oliveira, promete apresentar até 2 de julho uma proposta definitiva de como será feita a redução aos empresários. Ele acredita que um acordo estabelecido entre as duas partes seja positivo para o avanço da criação da norma regulamentadora do setor que vem sendo debatida no Ministério do Trabalho e Emprego. A próxima reunião tripartite será realizada amanhã (12).

O representante dos trabalhadores considera a medida essencial para a redução do índice de adoecimento, lesões e mutilações do setor. De acordo com o Ministério da Previdência Social, os funcionários de um frigorífico de bovinos têm três vezes mais chances de sofrer traumatismo de cabeça ou de abdome do que os de qualquer outro setor econômico, os que fazem desossa de frango têm 743% mais chances de desenvolver tendinite do que  outras atividades  e o índice de depressão entre os funcionários de frigoríficos de aves é três vezes maior do que de toda a população economicamente ativa do Brasil.

“Eles [empresários] aceitaram a discussão, o debate, e solicitaram para que nós fizéssemos uma proposta de redução para seis horas de trabalho e como fica a questão das pausas dentro dessa redução. Para mim foi um avanço. No momento que eles aceitam a discussão e pedem uma proposta eles estão dispostos a examinar. Isso vai ajudá-los a resolver o problema”, afirma Oliveira.