TRT de São Paulo propõe reajuste de 7%, e motoristas de Osasco fazem assembleia

Segundo o sindicato da categoria, tentativa de acordo feita em audiência pode encerrar greve ainda hoje

São Paulo – Em audiência de conciliação realizada hoje (24) envolvendo trabalhadores e empresas de ônibus de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) propôs reajuste salarial de 7% (incluindo reposição com base no INPC-IBGE e 2% de aumento real). As viações Osasco, Raposo Tavares e Urubupungá comprometeram a rever o esquema atual de horário de almoço. Uma assembleia marcada no fim da tarde pode decidir o fim da greve, que começou nesta madrugada.

De acordo com o tesoureiro do Sindicato dos Condutores de Osasco (Sincovero), Veralmir Leite Pereira, há “grandes chances” de a categoria voltar ao trabalho ainda hoje. “O que dificultava mais para a gente na negociação era a questão do horário de almoço. E eles aceitaram mudar hoje”, afirmou. As viações aumentaram o intervalo de 25 minutos para uma hora, porém, o período extra não conta atualmente como remuneração.

Na audiência de conciliação, ficou a garantia da criação de uma comissão para discutir a questão e estabilidade no emprego por 90 dias, além do não desconto do dia parado. A desembargadora Anelia Li Chum, que conduziu a audiência, determinou o retorno do primeiro turno às atividades após o acordo no tribunal. 

Os trabalhadores reivindicam 15% de reajuste salarial, vale-refeição de R$ 18, pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) no valor de R$ 1,2 mil e o retorno do regime de horário de almoço remunerado.

As linhas afetadas pela greve atendem outras cidades vizinhas, como Cotia, Carapicuíba, Embu, Barueri, Itapevi, Jandira e Tabõao. Cada motorista recebe aproximadamente R$ 1,7 mil de salário mensal para cumprir uma jornada de sete horas e 20 minutos diárias, trabalhando em regime de revezamento – sete dias de serviço para um de descanso.