Chapa da CUT pedirá anulação de eleições no Sindicato dos Gráficos de São Paulo

São Paulo – O processo eleitoral para escolha da nova direção do Sindicato dos Gráficos de São Paulo terminou na sexta-feira (4), com a vitória da chapa 1, ligada à […]

São Paulo – O processo eleitoral para escolha da nova direção do Sindicato dos Gráficos de São Paulo terminou na sexta-feira (4), com a vitória da chapa 1, ligada à Força Sindical, com 77% dos votos. Mas, segundo o atual presidente da entidade, Márcio Vasconcelos, integrante da chapa 2, da CUT, o escrutínio, que durou três dias, transcorreu com irregularidades desde o primeiro dia de coleta de votos, na quarta-feira (2). De acordo com Vasconcelos, a chapa cutista irá pedir à Justiça do Trabalho a anulação da eleição por manipulação de votos, de urnas e da relação de trabalhadores aptos a votar. “Não foi uma eleição, foi uma manipulação da Força Sindical”, disse. Vasconcelos está impedido de entrar na sede do sindicato desde agosto do ano passado, quando um grupo ligado à Força tomou o local na tentativa de impedir a filiação da entidade à CUT.

Na análise do dirigente sindical, vários itens do acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no mês passado, foram descumpridos durante o processo eleitoral, como a presença de seguranças contratados na área interna do sindicato e a falta de policiamento. Também houve irregularidades durante o processo de votação, com impedimento de trabalhadores filiados votarem e uma urna desaparecida. “Há casos de trabalhadores que tentaram votar, mas não conseguiram, mesmo tendo todos os documentos em mãos e com tudo em dia”, relatou.

O sindicalista afirmou que trabalhadores que iriam atuar como mesários da chapa cutista desistiram de participar do processo eleitoral ao ver seguranças portando armas no interior do sindicato. Seis urnas não foram acompanhadas por fiscais designados pela chapa de oposição à Força e uma delas desapareceu por algumas horas, retornando com votos. “A categoria mais uma vez não ficou em paz”, resumiu Vasconcelos. “Vamos entrar na Justiça, porque nosso sindicato não tem perfil para ser mandado por patrão. Os trabalhadores são participantes e têm de ser os mandatários do sindicato.”

A eleição anterior da entidade, agendada para 17 de abril, foi suspensa pelo TRT no dia 13 do mesmo mês, atendendo a mandado de segurança impetrado pelo articulador da chapa ligada à CUT, Manoel de Almeida. Os trabalhadores da chapa tiveram registro impugnado pelos sindicalistas da Força. 

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