Bancários criticam abertura de agências da Caixa neste sábado

São Paulo – A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, afirmou hoje (9) que a decisão da Caixa Econômica Federal de abrir 500 agências em todo […]

São Paulo – A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, afirmou hoje (9) que a decisão da Caixa Econômica Federal de abrir 500 agências em todo o país neste sábado (12) foi tomada unilateralmente, sem consulta aos trabalhadores. “Os bancários não concordam com essa medida, principalmente às vésperas do Dia das Mães”, relatou.

Segundo Juvandia, os bancários são “completamente a favor da redução das taxas de juros e de ampliação do crédito e estão totalmente empenhados em atender à população”, mas o funcionamento das agências bancárias em qualquer sábado já foi tentado e não teve eficiência. “Vamos tomar as atitudes necessárias para impedir a abertura arbitrária das agências, afetando a vida dos trabalhadores”, disse. “A medida da Caixa é mais uma questão de propaganda do que de eficiência.” Ela conta que os bancários têm enviado mensagens e também estão abordando os dirigentes sindicais durante visitas às agências para criticar a ação da Caixa.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, o foco do banco público deveria ser a contratação de trabalhadores. “Se o banco entende que os empregados atuais não são suficientes para dar conta das demandas criadas pela redução das taxas de juros, deve contratar novos trabalhadores, e não aumentar a sobrecarga de trabalho, piorando o atendimento aos clientes”, afirmou em nota.

A redução do spread bancário, diferença entre o custo do financiamento e a taxa cobrada dos clientes, lembrou Juvandia, é uma da reivindicação histórica do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “O spread alto prejudica os trabalhadores e atrasa todo país, encarecendo e reduzindo a concessão do crédito e prejudicando a economia do país.”

Caixa e Banco do Brasil anunciaram no início de abril redução da taxa de juros praticada sobre seus principais produtos. Novas reduções voltaram a ser anunciadas pela Caixa no final de abril e pelo Banco do Brasil no início de maio. A estratégia dos bancos públicos e a pressão do governo levou algumas instituições privadas a acompanharem as medidas.

 

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