Agricultores familiares ocupam Fazenda por mais recursos para o setor

Ocupação de agricultores familiares de parte da Ministério da Fazenda tenta pressionar o governo para encaminhar reforma agrária (Antonio Cruz/ABr) São Paulo – Cerca de 400 agricultores familiares ligados à […]

Ocupação de agricultores familiares de parte da Ministério da Fazenda tenta pressionar o governo para encaminhar reforma agrária (Antonio Cruz/ABr)

São Paulo – Cerca de 400 agricultores familiares ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Brasil) ocupam o Ministério da Fazenda desde as 6h15 de hoje (23). Os manifestantes aguardam a instalação de uma mesa de negociação para discutir com a pasta as reivindicações da categoria. Segundo Marcos Rochinski, secretário-geral da federação, os protestos estão ocorrendo em vários estados da região Sul e Nordeste.

“Estamos mobilizados em função do processo travado da negociação da pauta deste ano com o governo”, disse  o dirigente. A federação aguarda reunião com o secretário-executivo da pasta, Nelson Machado, além de audiências com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e com o Incra. 

Os trabalhadores rurais reivindicam mais recursos para a agricultura familiar e para a reforma agrária, reestruturação da política de crédito, seguro de renda para o setor e reestruturação do Incra. “Achamos que o Incra não está com capacidade instalada para fazer o que é necessário para a reforma agrária. Queremos o descontingenciamento dos recursos para a reforma agrária para assentar um número  maior de famílias”,  destaca o dirigente.

A federação pede ainda mais recursos para a assistencia técnica nas propriedades e um programa de destinação de recursos hídricos para combater a estiagem. “Tem um problema de geração de água não só para o consumo humano, mas para a produção dos alimentos em função da seca em vários estados. O governo anunciou algumas medidas para o Nordeste, mas não anunciou medidas da mesma natureza para os agricultores da região Sul”, pontua Rochinski.  “Enquanto essa mesa de negociação não se instalar a gente vai manter a ocupação”, promete o dirigente.