São Paulo – O presidente da CUT, Artur Henrique, e a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, deram sequência hoje (10) à campanha contra o imposto sindical. Urnas foram instaladas no centro da capital paulista para que os trabalhadores possam opinar se desejam ou não a manutenção da contribuição compulsória.

“Estamos aqui para ouvir a opinião dos trabalhadores sobre o imposto obrigatório, e também para chamar a atenção da população sobre a taxa. Muitos sequer sabem o que é aquele desconto que vem todo mês de março”, disse Henrique. “O imposto obrigatório atenta contra a liberdade e autonomia sindical. Os sindicatos têm de ser sustentados por contribuições voluntárias de seus associados, aprovadas em assembleia. Não queremos mais sindicatos atrelados ao Estado.”

A consulta aos trabalhadores, que começou em 26 de março, vai até o final de abril e é feita também pela internet. A campanha iniciada pela central visa a debater novas formas de contribuição aos sindicatos. Para a entidade, o atual modelo, em que uma quantia é destinada compulsoriamente a instituições representativas dos empresários e dos trabalhadores, favorece a criação de organizações que não têm como preocupação a defesa dos interesses dos representados. 

“Queremos o fim do imposto sindical porque acreditamos que isso fortalecerá as entidades atuantes de fato, ao mesmo tempo em que enfraquecerá sindicatos que se acomodam em torno dessa contribuição obrigatória”, disse Juvandia. Ela acrescentou que o sindicato devolve os 60% da contribuição a que tem direito por lei. Outras entidades ligadas à CUT entraram com ações na Justiça para isentar da taxa os trabalhadores das respectivas bases.

Uma urna ficará na sede do sindicato (rua São Bento, 413) até o final da campanha. A relação completa dos locais para votar fica na página especial criada para a mobilização contra o imposto.