Sem proposta, servidores estaduais da saúde mantêm greve em São Paulo

Grevistas caminharam do Masp até a Secretaria de Gestão Pública, na avenida Paulista ( Foto:SindSaúde-SP) São Paulo – Os servidores estaduais da saúde de São Paulo decidiram na manhã de […]

Grevistas caminharam do Masp até a Secretaria de Gestão Pública, na avenida Paulista ( Foto:SindSaúde-SP)

São Paulo – Os servidores estaduais da saúde de São Paulo decidiram na manhã de hoje (20), em assembleia, manter a greve iniciada há uma semana. A decisão foi tomada após reunião entre o presidente do sindicato da categoria (SindSaúde-SP), Benedito Augusto de Oliveira, e o coordenador de Recursos Humanos da Secretaria da Saúde do Estado, Haino Burmester. Segundo o sindicalista, não houve avanços em relação às reivindicações da categoria. O representante do governo propôs marcar outra reunião até quinta-feira (26).

Reivindicações

– Reajuste salarial de 26%

– Equiparação do auxílio alimentação com o valor pago no Judiciário e no Legislativo do Estado. O auxílio está congelado em R$ há 12 anos;

– Regulamentação da jornada de 30 horas para todos;

– Prêmio de Incentivo: aumento do valor; pagamento sobre o 13º salário e férias; correção das distorções nos valores pagos e transparência na verba da saúde repassada pelo Ministério da Saúde para o Estado;

– Aposentadoria especial: direito constitucional ainda não está regulamentado no estado;

– Concurso público para suprir falta de pessoal nas unidades de saúde;

– Revisão da Lei Complementar 1.080/08, corrigindo erros na criação dos cargos e rebaixamento na
letra.

Fonte: CUT/SP

Os servidores fizeram caminhada na avenida Paulista, do Museu de Arte de São Paulo até a Secretaria de Gestão Pública do Estado, na rua Bela Cintra. Entre as principais reivindicações dos servidores, estão o reajuste salarial de 26%, maior número de funcionários públicos nas unidades de saúde e 30 horas de trabalho semanais para todo o setor.

“Os salários são baixos há mais de dez anos. Há falta de equipamentos e grandes filas para o atendimento à população. Por isso, exigimos respeito do governo estadual”, disse Aparecida de Toledo, servidora há 20 anos.

Segundo Oliveira, o governo alega que promoveu no ano passado uma reestruturação de cargos e salários que resultou em até 40% de aumento. Porém, o sindicalista disse que no universo de 70 mil trabalhadores, somente 19 mil chegaram ao teto do aumento anunciado.  

A diretora da secretaria de Formação Sindical do SindSaúde-SP, Maria Aparecida Cornaccini, disse que a greve continuará por tempo indeterminado e tende a se ampliar no estado.

 

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