Professores do Distrito Federal decidem manter greve

Docentes são recebidos por presidente da Câmara Distrital, que vai tentar abrir negociações com o governador Agnelo Queiroz

Professores aprovaram em assembleia na Praça do Buriti a continuidade da greve por tempo indeterminado (Foto: André Sousa Borges/Folhapress)

São Paulo – Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram em assembleia hoje (20) manter a greve iniciada no último dia 11 para cobrar o cumprimento de acordo fechado com o governo de Agnelo Queiroz (PT) por reajustes salariais e melhoria nas condições de trabalho.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) diz que a Secretaria de Educação não está cumprindo os termos firmados no ano passado para uma reestruturação da carreira docente e pela valorização salarial. Após a assembleia, uma comissão de representantes da categoria teve reunião com deputados distritais.

De acordo com o Sinpro, o presidente da Câmara Distrital, Patrício (PT), comprometeu-se a tentar a abertura de negociações com o Executivo local. Além disso, os professores aceitaram elaborar, em parceria com a assessoria jurídica da Casa, estudos para comprovar a viabilidade financeira da proposta atual. “É muito complicado porque o governo só apresenta as dificuldades e não demonstra boa vontade em buscar saídas. A gente sabe que se o governo usa parte do recurso adicional para custeio, se vem para a nossa folha não implica na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, disse Rosilene Corrêa, diretora do sindicato.

A gestão Agnelo Queiroz argumenta que não tem condições, neste momento, de atender às demandas dos professores. Em nota divulgada antes do início da greve, a Secretaria de Educação indicava que dar resposta aos pedidos significaria colocar em risco o cumprimento da LRF. “Sempre se utiliza a Lei de Responsabilidade Fiscal como justificativa. Fórmula tem, basta ter vontade política”, disse Rosilene.

Durante a assembleia foi aprovada uma agenda de atividades para esta semana, com um ato organizado pela CUT do Distrito Federal em frente ao Palácio do Buriti, sede do Executivo, e uma campanha pela doação de sangue.

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