Mulheres metalúrgicas fazem novo encontro da categoria nesta sexta

São Paulo – Será realizado nesta sexta-feira (13) o 2º Encontro das Metalúrgicas do ABC, na sede do Sindicato da categoria, em São Bernardo. A ministra de Políticas para Mulheres […]

São Paulo – Será realizado nesta sexta-feira (13) o 2º Encontro das Metalúrgicas do ABC, na sede do Sindicato da categoria, em São Bernardo. A ministra de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci de Oliveira, confirmou presença. No eixo central da pauta de debates está a participação da mulher na conquista de melhores condições de trabalho, a saúde e a ascensão feminina na profissão, na representação sindical e na política.

A coordenadora da comissão que organiza o evento, Ana Nice Martins de Carvalho, em entrevista publicada pelo jornal Tribuna Metalúrgica, destaca o evento como oportunidade para se debater, propor e construir políticas ligadas ao gênero feminino, além da relevância da categoria de trabalhadoras no cenário nacional, confirmada pela participação da ministra Menicucci.

Leia a entrevista:

Qual é a importância deste encontro para as mulheres da categoria?
Será o momento para as mulheres discutirem, pensarem e proporem políticas que contemplem as necessidades que somente elas têm no chão de fábrica. Para que possam dizer aquilo que esperam do sindicato e que nós, representantes, possamos atender às expectativas das trabalhadoras.

A saúde é um dos temas do encontro. O que estará em foco?
Dentro do tema “Saúde e Condições de Trabalho”, falaremos sobre o ritmo de trabalho, a ergonomia, as metas (de produção). Tudo que a trabalhadora reclama no dia a dia. Não queremos dizer que só a mulher se estressa, mas que ainda há uma sobrecarga para as mulheres, com dupla jornada causada pela preocupação com os filhos é inegável. Quando se fala nas condições de trabalho também tem que se lembrar da divisão de tarefas domésticas, da responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres.

O outro eixo é a ascensão das mulheres no mercado de trabalho. Como isso acontece na categoria?
Temos procurado chamar a atenção da sociedade e dos patrões da base. Desde o encontro passado fazemos esse debate sobre a participação das mulheres. São dois pontos. Primeiro o aumento das mulheres na base, por que há mais de 30 anos representamos 14% (do total de pessoal), o que é pouco. O segundo ponto é a ascensão aos postos de trabalho com melhor remuneração, às áreas técnicas, supervisão, gerências e diretoria, pois dificilmente se encontram mulheres nestas colocações. As mulheres têm se dedicado muito, estão estudando, nós estamos nos preparando, nos qualificando.

O que você pode nos dizer sobre a participação da ministra Eleonora?
A ministra tem dois pontos fortes nessa participação. Ela é uma representante importante do governo federal, que tem políticas para as mulheres e com certeza irá apresentá-las no encontro. Ela também estudou reestruturação produtiva e o impacto sobre a saúde da mulher trabalhadora, ou seja, ela tem conhecimento da base metalúrgica e isso é muito importante. Não podemos esquecer que também foi presa política e terá muito a contar sobre isso.

Edição: Fábio M. Michel