Bancários discutem papel da categoria na transformação da sociedade

Em Guarulhos, congresso nacional da categoria reúne 326 delegados sindicais de todo o país, além de 26 representantes estrangeiros de dez países

Abertura do 3º congresso da Contraf-CUT, em São Paulo: setor financeiro deve se inserir no desenvolvimento responsável e sustentável do pais (Foto: Jailton Garcia)

São Paulo – Bancários de todo o país se reúnem desde a sexta-feira (30) e até domingo (1º), em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista), para debater o papel dos trabalhadores do sistema financeiro na construção de uma sociedade mais justa e com menos desigualdades, bem como a responsabilidade social do próprio setor no desenvolvimento econômico do país. As discussões compõem o 3º Congresso Nacional da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro  (Contraf-CUT).

Segundo o presidente da entidade, Carlos Cordeiro, além da luta corporativa por salários e melhores condições de trabalho, é papel dos dirigentes sindicais mobilizar a sociedade pelas reformas que o Brasil necessita para se desenvolver com distribuição de renda. Cordeiro citou, em seu discurso de abertura do evento, as reformas tributária e política, além da regulamentação do sistema financeiro, entre as prioridades.

“O nosso grande desafio, enquanto classe trabalhadora, é aproveitar a oportunidade histórica que estamos vivendo para transformar o Brasil num país mais justo e solidário”, afirmou Cordeiro. “

Ao lado das reformas estruturais para o país, o papel estratégico do setor bancário e a capacidade de debate dos trabalhadores em torno da construção de um sistema financeiro social e economicamente responsável foi o destaque da presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. “Queremos recolocar o sistema financeiro na ordem do dia. Queremos discutir empregos, mas com qualidade. Vamos traçar as estratégias para nos próximos anos acabar com as metas de vendas abusivas, que levam à excessiva pressão no ambiente de trabalho e ao adoecimento mental que aflige grande parte da categoria bancária”, disse Juvandia.

Além dos debates e estratégias de mobilizações futuras, o congresso da Contraf-CUT levará à categoria o detalhamento do balanço da gestão da entidade de 2009 a 2011. Ao final dos trabalhos, será eleita a direção da confederação para o triênio 2012-2015.

Leia a cobertura completa do congresso nos portais da Contraf-CUT e dos Bancários de São Paulo

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