Greve por cumprimento de acordo salarial impede atracação de navios no Porto de Santos

O porto de Santos, o maior do país, movimenta 300 mil toneladas, pelo menos 15 navios teriam sido afetados após a paralisação (Foto: JorgeAndrade / flick / Wikipedia São Paulo […]

O porto de Santos, o maior do país, movimenta 300 mil toneladas, pelo menos 15 navios teriam sido afetados após a paralisação (Foto: JorgeAndrade / flick / Wikipedia

São Paulo – Os empregados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, cruzaram os braços nesta segunda-feira (21) em um protesto de 24 horas, que segue até esta terça-feira (22), às 6h, contra o não cumprimento da proposta salarial feita em agosto passado, segundo o Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport). A entidade entraria nesta tarde com pedido de julgamento de dissídio no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. O Porto de Santos, o maior do país, movimenta 300 mil toneladas, o equivalente a US$ 260 milhões. A paralisação teria afetado a movimentação de pelo menos 15 navios.

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, a adesão à paralisação é praticamente total, mobilizando cerca de mil trabalhadores representados pelo sindicato. Estão em greve empregados administrativos e de unidades de fiscalização e de atracação, além de escriturários, e eletricistas. “Só estão trabalhando os funcionários de atividades essenciais, como bombeiros e agentes da Guarda Portuária”, informou Santos.

De acordo com o sindicalista, o acordo com a Codesp previa reajuste dos salários, tratamento igualitário entre a remuneração dos novos funcionários e dos antigos e adoção de auxílios.

A Codesp confirmou que a área de atracação do porto está praticamente parada. Em nota, a companhia afirma que submeteu a proposta do acordo coletivo ao Ministério do Planejamento, mas “a pasta federal, entretanto, não autorizou algumas das cláusulas apresentadas”.

Quanto ao tratamento igualitário para os novos funcionários, a Codesp diz que propôs ao Planejamento a suspensão da distinção e que, “em momento algum, deixou de cumprir o que propôs ao Sindaport”. A companhia afirma ainda que o índice de reajuste salarial, de 9,643%, foi aceito pelos empregados.

Fonte: Agência Brasil

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