Governo do Ceará propõe 15% de aumento a professores

Reajuste seria escalonado, com a primeira parcela imediata, e a próxima para janeiro de 2012. Categoria avalia proposta na sexta-feira

São Paulo – Os professores da rede estadual de ensino do Ceará receberam proposta de reajuste de 15% do governo do Estado, na última sexta-feira (4). Fruto de negociações realizadas depois da greve que durou cerca de dois meses, o aumento salarial viria em duas parcelas: 7,5% imediatamente e o restante em janeiro, para efetivos, temporários, aposentados e pensionistas. Uma gratificação também seria concedida aos professores com mestrado (20% do salário), e doutorado (30%). O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc), que considera a proposta “importante”, convocou assembleia geral para a sexta-feira (11).

O aumento estaria apoiado nos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica a de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), com percentual de 75% para 2012. O restante dos recursos seria utilizado em investimentos em infraestrutura das escolas e material didático e em despesas diárias. Outra proposta é a implantação a partir do ano que vem de um regime de carga horária voltado para atividades de planejamento. Segundo a secretária da Educação do Estado, Izolda Cela, a proposta é o “limite” que o governo pode oferecer.

Apesar do avanço, a categoria mantém o estado de greve. Em outubro, os professores decidiram suspender uma longa paralisação na rede de ensino iniciada no dia 5 de agosto – marcada por impasse entre categoria e o governador Cid Gomes (PSB) sobre o pagamento do piso nacional do magistério (R$ 1.187 para jornada de 40 horas) – para tentar abrir negociação efetiva. No Ceará, o salário-base do professor de nível médio é de R$ 739,84 para a mesma carga horária. A condição do governo era de não dialogar sobre aumento enquanto os educadores estivessem longe das salas de aula.

Anízio Melo, presidente da Apeoc, sustenta que a proposta é boa, mas precisa de ajustes. “Achamos importante a manutenção da estrutura da carreira do nível superior, a manutenção da regência de classe vinculada à referência de cada professor, mas isto está em contraposição à falta de propostas para o nível médio”, diz. Os profissionais devem decidir na sexta se aceitam a oferta ou se retomam a greve.

 

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