Aeronautas e aeroviários negociam nesta quarta

Categorias já alertam para a possibilidade de greve a partir de 1º de dezembro

A categoria pede um reajuste de 13% e aumento de 20% sobre os pisos salariais (Foto: Divulgação/Fentac)

São Paulo – Em campanha unificada, aeronautas e aeroviários reúnem-se nesta quarta-feira (9) com representantes dos empresários para tentar avançar na negociação por reajuste salarial de 3% apresentada na última semana. Caso o impasse continue, há possibilidade de paralisação das atividades no início de dezembro, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). As categorias mostram-se contrariadas com a proposta, que não alcança a reposição da inflação. Eles pedem reajuste de 13% e aumento de 20% sobre os pisos.

Funcionários e dirigentes sindicais protestaram na terça-feira (8) no pátio do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), cerca de 100 trabalhadores participaram do ato, que alertou os passageiros para uma possível paralisação.

“Deixamos claro que, se não houver avanços na reunião, há muitas chances de decretarmos greve no dia 1º de dezembro”, afirma o presidente da entidade, Gelson Fochesato. A negociação com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) ocorre na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Como justificativa, as empresas alegam que a crise os impediria de garantir um maior reajuste. A categoria deve rebater, em discussão, o lucro do setor. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as empresas aumentaram as passagens aéreas em 23,4% em setembro. “Elas (as empresas) estão voando em céu de brigadeiro”, pontua Selma Balbino, presidenta do Sindicato Nacional dos Aeroviários.

Outro protesto, envolvendo dirigentes de sindicatos filiados à Fentac e entidades ligadas à Força Sindical deve acontecer na próxima semana no aeroporto internacional de Guarulhos.

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