Diante de proposta ruim, bancários defendem greve a partir do dia 27

Proposta inicial dos bancos é de 7,8% de reajuste para salários e demais benefícios

São Paulo – O Comando Nacional dos Bancários vai defender greve a partir do próximo dia 27 em resposta à proposta apresentada nesta terça-feira (20) pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) prevendo reajuste de 7,8% aos salários, auxílio-refeição, auxílio-creche e outros benefícios. A rodada de negociação foi realizada em São Paulo.

A categoria reivindica 12,8%, calculado pela soma da inflação do período mais aumento real de 5%. A proposta agora segue para assembleias em todo o país nesta quinta-feira (22). Pela proposta dos bancos, a participação de lucros ou resultados (PLR) ficaria limitada a 15% do lucro líquido de 2011.

Segundo Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o índice apresentado pelos bancos foi ruim, especialmente por não valorizar o piso da categoria. “Além disso, a PLR não melhora e não corresponde à realidade do crescimento do lucro do setor”, criticou. Ela afirmou que também não há avanços na melhoria nas condições de trabalho.

“Os bancos fizeram uma proposta insuficiente para seus funcionários, pois não contempla nossa pauta de reivindicações, o que deve levar a categoria para a greve”, resume Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do comando de greve. “Apostamos desde o princípio no processo de negociação e mantemos nossa disposição para o diálogo, mas estamos preparados para realizar uma greve ainda mais forte que a do ano passado”, completa.

Em 2010, os bancários realizaram uma paralisação de 15 dias. A greve foi considerada a maior dos últimos 20 anos, por ter obtido adesão de funcionários tanto em bancos públicos quanto privados. Uma nova rodada de negociações está marcada para sexta-feira (23). “Se os bancos voltarem com proposta rebaixada, iremos à greve”, alertou Juvandia.

A categoria, com data-se em 1º de setembro, reivindica PLR equivalente a três salários mais R$ 4.500, piso salarial do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), 13ª, cesta-alimentação e implementação de plano de carreira, entre outros itens.

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